“A previsão de chegada da vacina a Moçambique está entre os meses de maio e junho, o que quer dizer que a partir de julho ou finais de junho, num cenário mais otimista, começaríamos a vacinar”, disse o ministro da Saúde, Armindo Tiago, em entrevista à Rádio Moçambique.
Sem avançar quais são, Armindo Tiago disse que o Ministério da Saúde e o Governo já definiram os grupos prioritários, alertando que a vacina “não deve ser vista como algo que vai resolver todos os problemas”.
“Primeiro é preciso ter em conta que a vacina é uma medida complementar às providências atualmente em vigor contra a Covid-19”, frisou.
Moçambique espera receber a vacina através do programa de vacinação da iniciativa Covax, lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que prevê distribuir, pelo menos, dois mil milhões de doses até ao final de 2021 de forma a imunizar 20% das pessoas mais vulneráveis em 91 países pobres, principalmente em África, na Ásia e na América Latina.
“Esta iniciativa vai permitir que possamos ter uma vacina segura, pré-qualificada pela OMS e que possa chegar ao país de forma gratuita”, explicou Armindo Tiago.
Segundo o ministro da Saúde, o país espera receber cerca de seis milhões de doses, que vão abranger 20% da população moçambicana, tendo já cumprido duas das várias etapas necessárias para receber a vacina.
“Já submetemos um plano de assistência técnica e também a chamada candidatura de acesso à vacina, na qual especificamos os grupos prioritários, quer dizer, os que vão ser os primeiros a ser imunizados”, disse.
Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março, Moçambique registou um total de 19.309 casos positivos do novo coronavírus, dos quais 86% foram dados como recuperados.
O país contabiliza ainda 169 mortes devido à doença.
Em África, há 66.145 mortos confirmados e mais de 2,7 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
Entre os países lusófonos, Angola regista 408 óbitos e 17.642 casos, seguindo-se Moçambique (169 mortos e 19.309 casos), Cabo Verde (113 mortos e 11.920 casos), Guiné Equatorial (86 mortos e 5.264 casos), Guiné-Bissau (45 mortos e 2.446 casos) e São Tomé e Príncipe (17 mortos e 1.014 casos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (196.018, em mais de 7,7 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.835.824 mortos resultantes de mais de 84,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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