BE recusa que políticos passem “à frente” na vacinação

12 de Janeiro 2021

O Bloco de Esquerda defendeu esta terça-feira que os detentores de altos cargos políticos, como o Presidente da República ou o primeiro-ministro, devem ser vacinados segundo dos critérios definidos e recusou que passem “à frente” da restante população.

“As figuras de Estado, os líderes políticos, os altos cargos do Estado, na nossa opinião devem ser vacinados segundo os critérios demográficos e de saúde que foram definidos para qualquer pessoa, para a população em geral”, afirmou o deputado Moisés Ferreira depois de questionado pelos jornalistas no final da reunião sobre a evolução da pandemia de Covid-19, que decorreu no Infarmed, em Lisboa.

O bloquista lembrou que os critérios definidos para a vacinação em Portugal têm em conta a idade das pessoas e o facto de padecerem de outras doenças.

“Eu creio que detentores de cargos políticos, como pessoas que são, como parte integrante da população mas não indiferenciada das outras, devem ter o mesmo acesso a essa vacinação, ou seja, não passar à frente da restante população e cumprir os critérios definidos para a restante população”, defendeu.

No final da reunião com epidemiologistas, Moisés Ferreira afirmou que Portugal regista uma “disseminação comunitária” do novo coronavírus “de norte a sul, com uma alta incidência e alta transmissão”.

Esta evolução da pandemia, alertou, “torna a situação insuportável para qualquer serviço de saúde”, que conta com “recursos finitos e limitados”.

Assim, um “confinamento urgente é a resposta” para conter a pandemia e “para preservar” o Serviço Nacional de Saúde, salientou Moisés Ferreira.

O deputado do BE reiterou que, se for decretado um novo confinamento, o Governo terá de preparar também medidas de apoio ao emprego, às famílias e às empresas, e defendeu que “quando for preciso” serviços como a eletricidade ou o gás “sejam suportados pelo Estado”.

Moisés Ferreira defendeu ainda que a requisição de meios de saúde privados “é hoje mais urgente do que nunca”, e “já deveria ter avançado há muito tempo”.

LUSA/HN

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