“O mundo não pode dar-se ao luxo de olhar para o outro lado” e ignorar os surtos de Ébola, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em comunicado.
“Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para responder com rapidez, eficácia e recursos proporcionais para travar estes surtos, antes que se tornem epidemias em grande escala”, acrescentou Psaki.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, está ciente da situação nos países africanos e a sua administração fará “tudo o que for possível” para fornecer recursos para pôr termo aos surtos, sublinhou a porta-voz.
O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, falou hoje com os embaixadores da Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Serra Leoa e Libéria nos EUA para oferecer cooperação na luta contra os surtos Ébola, tanto nos países afetados pela doença como nos seus vizinhos.
Psaki recordou que Biden trabalhou, como vice-presidente, na resposta à epidemia de Ébola, entre 2014 e 2016 na África Ocidental, e sabe que estes surtos requerem “uma resposta rápida e esmagadora, para evitar consequências catastróficas”, como a que aquela crise sanitária teve.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que colocou seis países africanos em alerta, na sequência dos recentes surtos de Ébola na Guiné-Conacri e na República Democrática do Congo.
Embora não tenha identificado os seis países, a OMS indicou que na lista estão a Libéria e a Serra Leoa, que juntamente com a Guiné sofreram um surto grave da doença entre 2014 e 2016.
A Guiné-Conacri revelou um novo surto no domingo passado e já registou cinco mortes relacionadas com o mesmo, enquanto a República Democrática do Congo, que tinha sofrido outro surto entre 2019 e 2020, comunicou novos casos no dia 07 de fevereiro.
A porta-voz da OMS esclareceu que as autoridades sanitárias de ambos os países identificaram 300 casos possíveis ligados ao surto congolês, e mais de uma centena ao guineense.
O vírus de Ébola é transmitido através do contacto direto com sangue e fluidos corporais contaminados de pessoas ou animais, causa febres hemorrágicas e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratado a tempo.
Lusa/HN
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