Terceira vaga leva Itália a confinar várias regiões a partir de segunda-feira

13 de Março 2021

A maior parte de Itália, que enfrenta a terceira vaga da pandemia de Covid-19, vai ser novamente confinada a partir de segunda-feira, afirmou na sexta-feira o Ministério da Saúde.

As regiões mais populosas da península vão ser classificadas como zonas “vermelhas”, de alto risco, resultando no encerramento de escolas, bares e restaurantes.

As viagens serão limitadas às necessidades de trabalho, aquisição de bens essenciais e emergências de saúde.

Na zona “vermelha” passam a estar a Lombardia, Emília-Romanha, Piemonte, Apúlia, Véneto, Friul-Veneza Júlia, Marcas, Basilicata, Campânia, Lácio, cuja capital é Roma, e a província autónoma de Trento.

Este anúncio esperado acontece porque “durante a semana passada, 150.175 novos casos foram registados, em comparação com os 130.816 da semana anterior, um aumento de quase 15%”, apontou ontem o primeiro-ministro, Mario Draghi, na mesma semana em que a Itália ultrapassou os 100.000 mortos desde o início da pandemia.

“Estou ciente que estas medidas vão trazer consequências na educação das crianças, na economia e no estado psicológico de todos”, admitiu Draghi.

O governo italiano aprovou ontem um decreto de lei para aplicar o confinamento total de 03 a 05 de abril, os três dias da Semana Santa, e vai colocar a partir de 15 de março na zona “vermelha”, de maiores restrições, as regiões com uma incidência semanal superior a 250 casos por cada 100.000 habitantes.

Estas novas medidas são mais um golpe para a terceira maior economia da zona euro, mergulhada numa severa recessão devido ao confinamento em 2020.

Mario Draghi anunciou também ontem que vai tomar novas “medidas de apoio à economia” e “maior financiamento de instrumentos de luta contra a pobreza” na próxima semana para apoiar os “novos pobres”.

A pandemia colocou mais de um milhão de pessoas abaixo da linha de pobreza em 2020, de acordo com um inquérito do Instituto Nacional de Estatística italiano.

O número de pobres aumentou para 5,6 milhões, representando 9,4% da população, em comparação com 7,7% em 2019, atingindo um valor recorde dos últimos 15 anos.

Lusa/HN

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