De acordo com a nota de imprensa, em busca de medicamentos e terapias inovadores para doenças sem tratamentos satisfatórios disponíveis, a Boehringer Ingelheim aumentou 7% o investimento em I&D relativamente ao ano anterior. Em particular, foram acelerados os esforços para pesquisar potenciais terapias relacionadas com a Covid-19 – um trabalho “em andamento”, em conjunto “com muitos parceiros em todo o mundo”, segundo Hubertus von Baumbach, presidente do Conselho de Administração.

A propósito dos vários projetos relacionados com a Covid-19 em que a farmacêutica multinacional está envolvida, o comunicado destaca a investigação clínica de Fase I/IIa de BI 767551 e, ainda, a investigação e desenvolvimento de anticorpos contra o SARS-CoV-2 que podem ser combinados com BI 767551, pequenas moléculas para inibir a sua replicação e desenvolvimento de terapia para prevenir a microcoagulação (coágulos sanguíneos).

Apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19, segundo o comunicado, 2020 foi um bom ano para a Boehringer Ingelheim, sendo que todos os seus negócios contribuíram positivamente para as vendas líquidas e receita operacional. A empresa registou vendas líquidas de 19,57 bilhões de euros, um aumento de 3% em relação ao ano anterior. Ajustadas para efeitos cambiais, as vendas líquidas aumentaram 5,6% ano a ano.

A receita operacional no nível do Grupo subiu para 4,62 bilhões de euros (2019: 3,78 bilhões de euros); a receita após os impostos aumentou para 3,06 bilhões de euros (2019: 2,72 bilhões de euros); o fluxo de caixa das atividades operacionais aumentou 619 milhões de euros, para 3,96 bilhões de euros (2019: 3,34 bilhões de euros). No final de 2020, o índice de património líquido era de 47% (2019: 44%). Nesse ano, a empresa investiu 1,05 bilhões de euros (2019: 1,07 bilhões de euros) em ativos tangíveis.

Para além disso, a Boehringer Ingelheim concluiu várias aquisições em 2020. Em julho, a empresa anunciou a aquisição da Global Stem cell Technology (GST); em setembro, adquiriu participação acionária no New Ruipeng Group; e, em dezembro, a empresa anunciou a aquisição de todas as ações da NBE-Therapeutics.

Em 14,42 bilhões de euros, as vendas líquidas de produtos farmacêuticos humanos cresceram fortemente em 5,8% (ano a ano e ajustado para efeitos cambiais) e representaram 74% do total das vendas líquidas. Todas as regiões contribuíram para os fortes resultados e os Estados Unidos continuam a ser o maior mercado para a Boehringer Ingelheim.

Os medicamentos para o tratamento de doenças cardiovasculares e metabólicas, assim como de doenças respiratórias, continuam a ser os mais importantes a contribuidor para as vendas líquidas. Os medicamentos que mais contribuíram para a receita foram o JARDIANCE^®, que ocupa o primeiro lugar, e, em segundo lugar pela primeira vez, o OFEV^®.

Os investimentos em I&D no negócio de Saúde Humana totalizaram 3,28 bilhões de euros ou 22,8% das vendas líquidas, existindo cerca de 100 projetos em todas as fases do processo de investigação. O foco está em doenças cardiovasculares, metabólicas, respiratórias, oncologia, imunologia, doenças do sistema nervoso central e saúde da retina.

Quanto ao negócio de Saúde Animal, em 2020, verificou-se um crescimento de 5% (ano a ano e ajustado para efeitos cambiais), com vendas líquidas de 4,12 bilhões de euros.

O comunicado informa ainda que o negócio biofarmacêutico alcançou vendas líquidas de 837 milhões de euros em 2020, um aumento de 6,6% (ano a ano e ajustado para efeitos cambiais).

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