Uma comitiva do BE liderada por Catarina Martins, e que juntou ainda os deputados Pedro Filipe Soares, Moisés Ferreira e João Vasconcelos, visitou hoje o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, em Lisboa.
“Nós viemos aqui visitar o Laboratório Militar, que tem tido um papel imprescindível no nosso país no combate à pandemia, que desde o primeiro momento tem dado apoio não só na produção do chamado álcool gel como no apoio logístico em tudo o que é preciso. O Laboratório Militar tem sido essencial no trabalho do país do combate à pandemia”, enalteceu a líder bloquista, no final da visita, em declarações aos jornalistas.
De acordo com Catarina Martins, foi decidido que este “passaria a ser um laboratório nacional, com uma missão reforçada”, sendo por isso necessário garantir que “o laboratório terá as condições para essa missão reforçada, começando logo até pelos seus recursos humanos”.
“Precisa de mais gente, deve tê-la. Uma estrutura que se provou tão estratégica e que respondeu tão bem às necessidades do país, precisa agora de uma decisão política clara do seu reforço”, apelou.
A ideia do encerramento do Laboratório Militar, avançada em 2015 pelo então Governo PSD/CDS-PP, foi hoje recordada pela líder bloquista, que referiu que “o Bloco de Esquerda se empenhou muito para que isso não acontecesse” e para que, pelo contrário, fosse dada capacidade a esta infraestrutura.
“Para lá do seu trabalho, a responder à pandemia, que é extraordinário, não podemos esquecer que é o Laboratório Militar que produz aqueles medicamentos que já não interessam à indústria farmacêutica e que são fundamentais para quem tem doenças raras, para muitas das doenças crónicas e, portanto, temos aqui algo que é estratégico na resposta da saúde em Portugal”, elogiou.
Segundo informações divulgadas à imprensa pelo Exército durante esta visita do BE, no âmbito do apoio no combate à pandemia de Covid-19, neste laboratório, entre 14 de março de 2020 e 31 de março deste ano, foram produzidos 261 mil litros de desinfetantes.
No mesmo período foram armazenados nas instalações do laboratório o 6520 metros cúbicos relativos à reserva estratégica do medicamento e equipamentos de proteção individual, sendo depois dali distribuídos para todo o país.
Em 12 de novembro de 2020, o Conselho de Ministros aprovou na generalidade o decreto-lei que estabelece os “termos da criação do Laboratório Nacional do Medicamento”, que sucedeu ao Laboratório Militar e continua na dependência do Exército. O diploma já foi publicado em Diário da República.
A decisão partiu de uma proposta do PCP no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2020, aprovada pelo PS e Bloco de Esquerda, com a abstenção do PAN, CDS-PP e Chega, enquanto o PSD e a Iniciativa Liberal votaram contra.
LUSA/HN
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