Vivemos tempos únicos fruto de uma crise de saúde global sem precedentes, não só a nível profissional, onde diariamente somos obrigados a redefinir prioridades e a inovar a forma como trabalhamos, mas em todos os aspetos das nossas vidas. O distanciamento social e o confinamento passaram a integrar o nosso dia-a-dia e, pela primeira vez em muitos anos, sentimos o peso da restrição à nossa liberdade. A conciliação entre o teletrabalho e a vida familiar tem sido um desafio. Esta crise mudou a minha realidade, tal como a de milhões de portugueses: agora é através das nossas casas que tudo acontece, o que obrigou a digitalização dos contactos, dos processos, dos negócios. A Pfizer tem procurado dar resposta a três preocupações fundamentais: a saúde e segurança dos seus colaboradores, assegurar o fornecimento contínuo dos nossos medicamentos e vacinas, e usar os nossos recursos de Investigação & Desenvolvimento (I&D) para procurar dar uma resposta a esta pandemia em termos terapêuticos e de prevenção.
Desde o dia 13 de março, ainda antes de ser decretado o estado de emergência, todos os mais de 200 colaboradores da Pfizer estão em regime de teletrabalho e todas as participações em congressos nacionais e internacionais foram suspensas. Antecipando a exigência dos próximos tempos na gestão do dia-a-dia e, concretamente, na compatibilização da vida pessoal e profissional, reforçámos o apoio para com os nossos colaboradores e incentivámos a adoção de métodos de trabalho que permitam dedicar tempo à família, não esquecendo a saúde emocional, tão importante para ultrapassar da melhor forma o momento que vivemos. Como exemplo, implementámos um programa “Mente Sã em Corpo São” e efectuámos as nossas reuniões com todos os Colaboradores, (denominadas Town Hall), por via virtual, com periodicidade mais frequente e com questionários de follow-up.
Adicionalmente, monitorizamos de forma consistente e rigorosa o fornecimento de todos os medicamentos e vacinas, tendo um dos sistemas de cadeia de abastecimento mais sofisticados da nossa indústria, com mais de 40 fábricas próprias e 200 fornecedores globalmente, e implementámos medidas como o aumento da produção e a sua adequação para os medicamentos mais necessários. Para além disso, efectuámos uma avaliação de risco dos nossos principais fornecedores nas regiões afetadas para trabalhar e para acelerar as encomendas conforme necessário e instituímos um programa de controlo de logística melhorado para assegurar que os nossos medicamentos e vacinas são transportados das fábricas para os países.
Entendemos que a contribuição imediata do setor privado e das instituições de filantropia ajudará a salvar vidas, e nesse sentido assumimos o compromisso de ajudar e proteger os mais vulneráveis, através da doação de 40 milhões de dólares para apoiar e atender às necessidades das comunidades mais afetadas pela pandemia da COVID-19 em todo o mundo. Trata-se de uma iniciativa da Pfizer e da Pfizer Foundation que vai ao encontro das necessidades urgentes de quem está na linha da frente no combate desta pandemia. Os donativos complementam os investimentos da Pfizer em I&D face à COVID-19, bem como as contribuições a nível científico e humanitário feitas pela indústria farmacêutica. Trabalhamos e continuaremos a trabalhar lado a lado com as instituições nacionais, como por exemplo a Plataforma criada pela APIFARMA, Ordem dos Médicos e Ordem dos Farmacêuticos, – Todos Por Quem Cuida – no sentido de identificar as maiores necessidades dos nossos Profissionais de Saúde, fazendo chegar aos Hospitais e Centros de Saúde os materiais necessários.
E porque há mais de 170 anos trabalhamos todos os dias para garantir a prevenção e o tratamento das doenças mais temidas do nosso tempo e responder de forma mais eficaz às necessidades médicas não satisfeitas, a Pfizer e a BioNTech estão a colaborar num programa de desenvolvimento global em paralelo de 4 vacinas-candidatas para a prevenção da COVID-19, baseadas na plataforma de vacinas mRNA da BioNTech, tendo iniciado já ensaios clínicos em humanos, de fase 1/2, na Alemanha e nos Estados Unidos da América.
Esta colaboração vai igualmente ser potenciada pela extensa capacidade da Pfizer na I&D de vacinas, pela sua experiência na área regulamentar e pela sua rede global de fabrico e distribuição. As duas empresas vão trabalhar em conjunto de forma a aumentar a capacidade de produção para posteriormente dar resposta à necessidade originada pela pandemia e para disponibilizar, se for aprovada, a vacina em todo o mundo.
Não há dúvidas que este momento ficará marcado na história da humanidade pela questão da saúde pública, mas também será um marco que nos levou a uma reflexão sobre a forma com a qual nos relacionamos uns com os outros. Acredito que este momento é o indicado para nos transformarmos pessoalmente e para refletirmos sobre nós, enquanto pessoas.
Agora que estamos aos poucos a voltar à “realidade”, é ainda mais importante atuarmos com a máxima responsabilidade, de forma a salvaguardarmos a nossa saúde e a de todos os que nos rodeiam. Só assim conseguiremos, com a maior brevidade que nos for possível, voltar à normalidade. Na Pfizer estamos empenhados em fazer tudo o que for possível para auxiliar no combate a esta pandemia.