Entre Coimbra e Pombal, ao contrário de outros anos, avistam-se poucos peregrinos, a maioria em pequenos conjuntos de até cinco pessoas, não se encontrando grupos de grandes dimensões em direção à Cova da Iria, para as celebrações do 13 de maio.
Na berma da EN1, a via mais utilizada pelos peregrinos que vêm do norte e centro do país, surgem também pessoas que caminham sozinhas, tal como é o caso de Pedro Fonseca, de Coimbra, que começou hoje às 05:00 e que conta estar já no sábado, à hora de almoço, no Santuário de Fátima.
Para Pedro Fonseca, a pandemia não veio alterar a sua peregrinação anual, que faz sempre sozinho e quase sempre antes das celebrações, para cumprir “uma promessa que tem a ver com os filhos”.
Já perto de Pombal, um grupo de cinco peregrinos de Oliveira de Azeméis vai em passo rápido.
A pandemia fê-los começar a peregrinação “mais cedo para evitar grandes multidões” em Fátima, disse à agência Lusa Joaquim Pinho, que vai pela segunda vez à Cova da Iria e que referiu que o grupo costuma ser um pouco maior.
“Vamos quase todos os anos. Este ano, fazemos por etapas que tínhamos receio em relação às dormidas”, contou Cecília, também do grupo, frisando também a ideia de chegar a Fátima antes das celebrações.
Cinco pessoas do Porto, também quase a chegarem a Pombal, não fizeram grandes mudanças em relação a anos anteriores por causa da pandemia, contou Paula Pereira, que só não foi em 2020 por causa de uma operação que teve de fazer.
Num passo apressado e sem nunca parar, um dos peregrinos do grupo apenas se queixou de não haver supressão de uma das vias na EN1, tal como acontece na altura das principais peregrinações.
Já Anabela Pereira, de Mangualde, também num grupo de cinco pessoas, explica que aliaram as prevenções em relação à pandemia com a questão prática de as celebrações decorrerem este ano durante a semana.
“O grupo costuma ser maior e agora fazemos por etapas. Não fazemos uma semana seguida”, afirmou a peregrina, que descansava perto de Condeixa-a-Nova e que contava estar em Fátima já no sábado.
Anabela Pereira não fez a peregrinação em 2020, tal como o resto do grupo, devido à pandemia, realçando que as saudades e a vontade “aumentam”.
“Parece que não é um ano igual aos outros. Parece que fica um vazio, que ficou qualquer coisa por fazer no ano passado”, contou a peregrina.
As celebrações da peregrinação de 12 e 13 de maio no Santuário de Fátima vão ter um limite de 7.500 pessoas, anunciou a instituição, que considera que a pandemia “ainda não oferece garantias” para acolher “sem reservas” todos os fiéis.
LUSA/HN
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