“As associações do turismo, AGIC [Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes e Correios de Turismo], ANCAT [Associação Nacional de Condutores de Animação Turística] e ASGAVT [Associação de Sócios Gerentes das Agências de Viagens e Turismo], uniram-se para denunciar a inércia do Governo na resolução dos graves problemas que persistem e que atingem as empresas e os trabalhadores do turismo em Portugal”, lê-se numa carta aberta enviada à ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, e à secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.
As associações lamentam que, ao contrário do que está a ser feito na Europa, Portugal esteja, gradualmente, a encerrar os apoios ao setor, o que poderá levar a uma “catástrofe económica, financeira e social”.
Neste sentido, o turismo reivindica “políticas realistas e de comprovada eficácia” até à efetiva retoma da atividade.
Para as signatárias, os apoios até então concedidos “não refletem os 15 meses de estagnação”, com prejuízos que ultrapassam os 15 mil milhões de euros.
“No momento em que se anuncia a reabertura da economia, a realidade é que as empresas estão descapitalizadas e os meses de verão não poderão ser considerados como retoma, pois não serão suficientes para garantir solvabilidade financeira e a manutenção dos postos de trabalho. Com o fim anunciado das moratórias em setembro, as falências, encerramentos e desemprego serão uma dura e inevitável realidade”, acrescentaram.
As associações pedem assim, por exemplo, o reforço dos apoios a fundo perdido para os trabalhadores independentes, empresários em nome individual, sócios gerentes, bem como para as micro, pequenas e médias empresas.
No documento, o setor solicitou ainda “com caráter de urgência” uma reunião com a ministra do Trabalho e a secretária de Estado do Turismo, onde estejam representados dois membros de cada uma das três associações.
LUSA/HN
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