“Quando estamos a vacinar neste momento cerca de 95 mil [por dia] e nestas semanas mais calmas, os centros de vacinação atuam imediatamente, folgando pessoal e, reagindo muito rapidamente, tentando folgar as suas equipas, que também estão saturadas deste processo, de maneira a termos a resiliência suficiente para o levar até ao fim – pelo menos, setembro ou outubro – com grande esforço das pessoas”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
Em declarações por videoconferência na comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social, na Assembleia da República, o responsável pelo plano de vacinação contra a Covid-19 enalteceu a “grande adesão” e o “elevado espírito de missão” das pessoas que estão ao serviço, explicando os números traçados pela sua equipa para o descanso dos profissionais.
“Quando calculámos os 4.700 elementos necessários das diversas especialidades para fazer este processo, calculámos com 20% de folga para uma vacinação de 100 mil pessoas [diariamente] e capacidade para ir até ‘picos’ de 150 mil pessoas”, observou, continuando: “As pessoas vão ter férias e descanso e vamos tentar gerir isso da melhor forma possível sem prejudicar o processo”.
Segundo o último relatório semanal da Direção-Geral da Saúde, quase metade da população portuguesa (mais de 4,8 milhões de pessoas) já tem a vacinação completa contra a Covid-19. O documento especifica que 47% dos portugueses já completaram a vacinação e cerca de 64% – mais de 6,5 milhões de pessoas – receberam pelo menos uma dose da vacina.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.248 pessoas e foram registados 943.244 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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