Estado australiano com máximo de casos em surto que alastrou à Nova Zelândia

18 de Agosto 2021

O estado australiano de Nova Gales do Sul registou 633 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, um novo máximo diário desde o início de um surto, em meados de junho, que já chegou à Nova Zelândia.

As autoridades de saúde australianas contabilizaram ainda três mortes na terça-feira, elevando para 60 o total de vítimas mortais provocadas pelo surto, detetado em Sydney, capital regional daquele estado.

Os responsáveis estão preocupados com a propagação das infeções, com origem na variante Delta, depois de nos últimos dias terem sido diagnosticados casos em localidades nas regiões oeste, norte e centro daquele estado.

A capital australiana, Camberra, contabilizou 22 novas infeções com origem no surto detetado em Sydney, a cerca de 280 quilómetros, elevando para 67 os casos diagnosticados desde que o contágio chegou à cidade, na quinta-feira passada.

A situação levou as autoridades a decretar o confinamento em Sydney, desde 26 de junho, e a alargar as restrições a todo o estado, no sábado.

O surto detetado em Sydney ter-se-á igualmente alastrado à Nova Zelândia, que diagnosticou na terça-feira o primeiro caso local em seis meses.

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, disse que os testes de genoma confirmaram que o surto da variante Delta teve origem nos casos em Sydney, embora não seja claro de que forma o vírus chegou à Nova Zelândia.

O surto, que contabiliza já sete infeções, levou a Nova Zelândia a decretar o confinamento no país durante três dias e durante uma semana nas cidades de Auckland e Coromandel, onde foram detetados os primeiros casos.

O número de casos na Nova Zelândia deverá aumentar nos próximos dias, já que os infetados estiveram em vários locais públicos, como igrejas, escolas, casinos e hospitais, indicou Ardern.

Considerado um dos países com mais sucesso no combate à pandemia, a Nova Zelândia diagnosticou pouco mais de 2.900 casos de Covid-19 e apenas 26 mortes provocadas pela doença.

A Austrália registou cerca de 40 mil casos desde o início da pandemia no país, em março de 2020, e menos de mil mortes.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.584 pessoas e foram registados 1.006.588 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Brasil ultrapassa as 3.000 mortes por dengue este ano

O Brasil, que enfrenta a pior epidemia de dengue da sua história, registou este ano um recorde de 3.039 mortes pela doença, quase o triplo do número registado em todo o ano de 2023, indicaram sexta-feirafontes oficiais.

Desafios e oportunidades na publicação científica

Durante a sessão “Revista Medicina Interna: o que é que um editor quer ver publicado”, moderada por Rui Tato Marinho e que teve como palestrantes José Mariz e Helena Donato, José Mariz, editor-chefe da Revista Medicina Interna, ofereceu insights valiosos sobre os objetivos e desafios enfrentados na publicação científica.

Desafios e dilemas em fim de vida em debate

No âmbito do 30.º CNMI, Sara Vieira Silva apresentou uma palestra sobre os desafios e dilemas enfrentados no cuidado de doentes em fim de vida, com foco no projeto “Bem Cuidar em Fim de Vida – Experiência Hospitalar Universitária”.

Novas evidências sobre a doença vascular cerebral

“Doença Vascular Cerebral: novas evidências, novos paradigmas” foi o tema de umas das sessões do 30.º CNMI, onde abordou especificamente o tema “FOP quando e como pesquisar, melhor estratégia terapêutica”.

O fundamental da doença hepática

No palco do 30.º CNMI, Filipe Nery liderou uma sessão crucial sobre um tema desafiador: a coagulação no doente com cirrose hepática. A sua palestra abordou a complexidade da fisiologia e patofisiologia da coagulação nesses doentes.

30.º CNMI destaca a importância do rastreio nutricional hospitalar

Ricardo Marinho foi palestrante da sessão intitulada “Risco nutricional a nível hospitalar: como reconhecer e orientar”, e moderada por Aníbal Marinho. Nesta sessão, o especialista destacou a importância crucial do rastreio nutricional em ambiente hospitalar, especialmente no contexto da Medicina Interna, e delineou estratégias para identificar e orientar adequadamente os doentes em risco.

Medicina de precisão VS Medicina Baseada na Evidência

No 30.º CNMI, José Delgado Alves destacou-se como palestrante na sessão “Medicina de precisão VS Medicina baseada na evidência”, moderada por Carlos Carneiro. A sessão teve como objetivo explorar a integração de diversas abordagens médicas, ressaltando que a prática da Medicina não se pode basear numa única perspetiva.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights