O antigo ministro da Saúde de António Costa, em entrevista exclusiva ao nosso jornal, fala da reforma em curso no SNS, afirmando que “não há dúvida de que a vontade de resolver problemas de uma forma muito prática tem sido manifesta” e destacando a opção pela generalização das ULS a todo o país. Mas tem reparos a apontar, como “o pecado original do nascimento de uma estrutura nova, como a Direção Executiva, criada de uma forma muito política e pouco técnica”.
Joaquim Cunha: “O problema, em Portugal, é a carga ideológica que nos tem amordaçado”
Com mais de 200 associados, o Health Cluster Portugal (HCP) está apostado em apoiar uma revolução tecnológica na Saúde, tendo em vista a melhoria dos cuidados prestados aos cidadãos.
Carla Pinto Moura: As pessoas habituam-se a respirar mal, com muito má qualidade de vida
“Acho que é muito importante sensibilizarmos as pessoas de que devem recorrer ao médico. Verifica-se com muita frequência que as pessoas se habituam a respirar mal e, se não tiverem agudizações da sinusite crónica muito marcadas, com dores de cabeça e com febre – o que nem sempre acontece –, a grande maioria acaba por conviver com os sintomas, com muito má qualidade de vida. Por isso é que é muitíssimo importante sensibilizar, e estes dias existem também para isso: vale a pena recorrer ao médico, há tratamento médico para os casos com polipose”, alerta a otorrinolaringologista Carla Pinto Moura, no Dia Mundial da Rinossinusite Crónica Grave com Polipose Nasal.
Maria da Luz Brazão: A grande importância do curso O Internista e a Urgência
O Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo (NEUrgMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar o curso “O Internista e a Urgência”, nos dias 23 e 24 de junho, no Centro de Simulação Clínica da Madeira do Hospital Dr. Nélio Mendonça
Prática de Point-Of-Care UltraSonography na Medicina Interna marca 2.ª Reunião Anual do NEEco
A 2.ª Reunião Anual do Núcleo de Estudos de Ecografia (NEEco) irá realizar-se no dia 22 de abril, em Lisboa, subordinada ao tema “POCUS sem fronteiras”
Ana Rita Peralta: “Temos de educar as pessoas para os riscos da privação do sono”
Dormir menos do que seis horas por dia pode aumentar o risco de morte, eventos cardiovasculares, doenças psiquiátricas, metabólicas e neurodegenerativas. O alerta é feito pela neurologista Ana Rita Peralta que afirma existirem “cada vez mais pessoas com privação crónica de sono”.
Susana Pinto Almeida: “O principal desafio é identificarmos a doença mental de uma forma precoce”
A depressão é uma tristeza anómala, doente, excessiva; uma incapacidade de sentirmos prazer com as coisas. Portanto, há um núcleo dos afetos que está primordialmente afetado. Mas o nosso cérebro não trabalha só com aquele núcleo
Margarida Alves: “Há muitos doentes que têm dificuldade em falar sobre a incontinência urinária”
“Há doentes que, devido à fraqueza muscular do pavimento pélvico, basta tossirem, espirrarem, rirem ou pegarem num saco de compras para assistirem à perda de urina”, revela a especialista.
Susana Fonseca: “Em Portugal a endometriose é uma doença para pessoas ricas”
Estima-se que em Portugal existam cerca de 350 mil mulheres com endometriose
Rui Nogueira: “Podemos chegar a três milhões sem médico de família já no próximo ano”
“Julgo que a nota mais importante é a necessidade de sermos muito rápidos a encontrar soluções. Esta será a última oportunidade e “O relógio está a contar e o tempo escasseia” como escreveu Fernando Araújo em maio de 2022″, aponta Rui Nogueira, médico de família, Presidente da Mesa da AG da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde.
Bruno Amaral: Gregory “facilita o trabalho de todas as pessoas que têm que investigar determinadas doenças”
O Gregory “é um assistente digital que facilita o trabalho de todas as pessoas que têm que investigar determinadas doenças”, identificando novas publicações em tempo real e selecionando o que é relevante para os doentes. “E a ideia era que alguém do lado da Neurologia pudesse olhar para aquilo que eu estava a assinalar como relevante e dizer se eu estou certo ou errado, porque o Gregory só vai ser tão inteligente quanto a pessoa que o estiver a treinar”, explicou o seu criador, Bruno Amaral.
Alexandre Lourenço: “evolução no sentido de terminar com as ARS é o caminho certo”
“Demasiadas vezes, as ARS foram mais um nível burocrático a ultrapassar do que um órgão útil de gestão. Portanto, esta evolução no sentido de terminar com as ARS vai no caminho certo”, aponta o especialista
José Cabrita: “A avaliação do benefício/risco é essencial em todos os setores do circuito do medicamento”
“A ideia de fazer este curso online era um desejo antigo, tendo em conta o potencial deste método de ensino para a difusão do conhecimento”, explica o Prof. Doutor José Cabrita, coordenador do primeiro curso em eLearning de Farmacoepidemiologia e professor catedrático da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. “A aquisição de conhecimentos, competências e capacidades no âmbito da Farmacoepidemiologia será seguramente uma mais-valia para todos os profissionais que participam no ciclo de vida do medicamento”.
Carlos Cortes: “Concentrar tudo no serviço de urgência é um erro enorme. É a destruição do SNS!”
A ideia do modelo de ULS é termos um sistema de integração vertical que ligue o hospital com os cuidados de saúde primários. Ora, não é isso o que acontece. Este modelo está concentrado no hospital, desvalorizando os cuidados de saúde primários, critica o Bastonário
António Taveira Gomes: “Em Matosinhos defendemos uma ULS Modelo B”
“Exige-se resultados tendo em conta a organização, mas todos os sistemas de informação, legislação, contratualização e financiamento, não pensam ULS”, aponta o PCA da Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Filomena Pereira sobre o 6º Congresso Nacional de Medicina Tropical: “É a nossa obrigação tentarmos melhorar o estado de saúde das populações”
O Instituto de Higiene e Medicina Tropical organiza o 6.º Congresso Nacional de Medicina Tropical (6CNMT) nos dias 20 a 21 de abril. Trata-se do mais importante encontro científico sobre a saúde global e medicina tropical em Portugal.
Dra. Catarina Peixinho: “A secura vaginal torna-se mais frequente na pós-menopausa”
Com a cessação da atividade ovárica, na pós-menopausa verifica-se a “diminuição das principais hormonas que acompanham a fase reprodutiva da mulher, sendo a diminuição dos níveis de estrogénio a que mais consequência tem”, explica a especialista em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Pedro Hispano, da ULS de Matosinhos.“Com essa diminuição existe uma atrofia e achatamento das camadas celulares da mucosa vaginal, resultando na dificuldade para manutenção do pH e flora ideais (redução de Lactobacillus). A normal lubrificação da mulher encontra-se comprometida”.
Luís Gomes: Lactacyd Ultra-Hidratante reforça nutrição e hidratação da zona íntima na menopausa
Os estudos apontam que «78% das mulheres entre os 40 e os 60 anos sofrem de sintomas de menopausa e secura íntima», refere Luís Gomes, Marketing Category Lead Iberia na Perrigo. O lançamento de Lactacyd Ultra Hidratante é uma oportunidade para a marca trazer «uma solução eficaz e assim ajudar estas mulheres a viverem as suas vidas em pleno, sem desconfortos íntimos».
Victor Ramos: Pensar que a lei muda a realidade é pura ilusão
Cerca de 1,6 milhões de portugueses não têm médico de família e o número vai continuar a aumentar até 2030. Vem aí o caos? Victor Ramos, médico de família, empossado há dias no cargo de Presidente do Conselho Nacional de Saúde, acha que não; que A malta”tem um génio grande e como no passado, alguma coisa se resolverá. Pelo caminho, recorda as grandes reformas, e a sistémica descontinuidade de políticas de saúde, que marcam cada novo ciclo político
Cátia Rodrigues: “A higiene íntima adequada é fundamental na prevenção de problemas de pele e de infeções vulvovaginais”.
“Alguns sabonetes ou produtos utilizados na higiene íntima podem irritar a pele vulvar e a mucosa vaginal e provocar ou exacerbar dermatites ou infeções vulvovaginais”, alerta Cátia Rodrigues, especialista em Ginecologia-Obstetrícia do Hospital da Luz Arrábida. “Os produtos de limpeza devem reunir algumas características essenciais, como serem hipoalergénicos, sem sabão, pH adequado, sem irritantes e com propriedades hidratantes”.
João Filipe Raposo: “Queremos medidas eficazes de prevenção da diabetes”
O 19.º Congresso Português de Diabetes foi-nos apresentado pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), João Filipe Raposo. Em Portugal, os números da diabetes continuam a ser alarmantes. “Um dos maiores problemas que nós temos é que, às vezes, assumimos que a prevenção da diabetes, tal como o controlo da diabetes, passa exclusivamente pela responsabilidade individual”; mas “essas doenças crónicas não transmissíveis são doenças de sociedade”. “Portanto, é esta cidadania ativa que é necessária”, defende o endocrinologista.
Sara Quaresma: Mulheres esquecem frequentemente a importância da hidratação
“Na sua maioria, as mulheres usam um produto específico para a higiene íntima mas, frequentemente, esquecem-se da importância da hidratação”, alerta a farmacêutica Sara Quaresma, diretora-técnica da Farmácia Alagoa. Contudo, este é um passo essencial, “particularmente no período da menopausa”.
Rafaela Miranda: “Para uma boa higiene íntima é importante que as mulheres conheçam a sua anatomia”
Ainda existe algum pudor das mulheres em falarem sobre higiene íntima. Rafaela Miranda, interna de Medicina Geral e Familiar, chama a atenção para a necessidade de as mulheres conhecerem a sua própria anatomia, a importância da manutenção do pH vaginal e da hidratação para um dia-a-dia saudável.
Susana Castro Marques: “A terapia genética pode revolucionar a vida de muitos doentes”
Atualmente existem sete mil doenças raras a nível global, das quais 80% tem origem genética. Se para muitos doentes o diagnóstico é uma “dor de cabeça”, para outros o tratamento pode significar um “milagre”. Segundo a diretora médica da Pfizer Portugal, apenas 5% das doenças raras tem tratamento eficaz. Questionada sobre a importância de abordar a terapia genética no âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras, Susana Castro Marques sublinhou o “potencial transformador” desta abordagem terapêutica na vida dos doentes e cuidadores.
Filipa Silva Ferreira: “Temos várias intervenções médicas que podem causar lesão renal aguda”
Neste Dia Mundial do Rim, recordamos o problema da diminuição súbita da função de filtração glomerular, em entrevista com Filipa Silva Ferreira, médica interna de formação específica de Nefrologia no Centro Hospitalar de São João. Em Portugal, a incidência de lesão renal crónica é particularmente elevada no doente crítico e no período pós-operatório. “Podemos dizer que é, em muitos casos, um dano colateral inevitável no contexto da doença aguda grave. Mas será sem dúvida útil identificá-la precocemente, para ajustarmos as intervenções terapêuticas a partir daí, sendo que alguns biomarcadores estão já aprovados e validados para predizer o risco de LRA grave”, alerta a especialista.
Andreia Gomes: “O cordão umbilical tem vindo a revolucionar várias áreas da Medicina”
O cordão umbilical provou ser uma fonte válida e rica em células estaminais, cuja colheita é fácil, indolor, não invasiva e totalmente segura para a mãe e o bebé. (…) Em entrevista ao Healthnews Andreia Gomes, Diretora Técnica e de Investigação & Desenvolvimento & Inovação da BebéVida, faz um levantamento das vantagens clínicas, desafios e problemáticas que delineiam este setor de atuação, que tem proliferado por toda a comunidade científica internacional e nacional.
Menarini Portugal: “Queremos que o Programa OLCare continue a ser uma ajuda fundamental para qualquer profissional de saúde”
O Programa OLCare voltará em 2023 a robustecer a formação dos médicos que aceitarem o desafio da Menarini. Este é um dos projetos em destaque nesta entrevista com o diretor-geral, Miguel Rovisco de Andrade, que também falou dos principais marcos de uma história centenária.
Conceição Pereira: “O défice de hormona do crescimento mina a qualidade de vida dos doentes”
Segundo explica a endocrinologista do Hospital Lusíadas Lisboa, Conceição Pereira, o défice de hormona do crescimento (DHC) é uma “doença rara na população em geral”, mas “muito frequente” nos sobreviventes oncológicos. A especialista alerta que “as pessoas que fizeram radioterapia ao crânio (…) têm 100% de probabilidade de ter défice da hormona do crescimento”. No âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras, a médica sublinha a importância de haver mais investigação nesta área.
João Brum Silveira: “Todos os hospitais deveriam ter um programa de reabilitação cardíaca”
Todos os anos mais de 10 mil portugueses sofrem um enfarte agudo do miocárdio, o termo médico para o conhecido “ataque cardíaco”. O impacto na mortalidade e morbilidade é algo que preocupa os especialistas, entre os quais João Brum Silveira. O Coordenador da Campanha “Cada Segundo Conta”, promovida pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular, alerta que cerca de 33% dos portugueses não chama o 112 quando está perante um enfarte. Entre os diferentes alertas, o médico defende um alargamento do programa de reabilitação cardíaca nas unidades hospitalares.
Teresa Coelho sobre a paramiloidose: “Se esta doença não for tratada, os doentes podem morrer ao fim de sete ou dez anos”
Apesar de ser apontada como uma das doenças mais raras do mundo, em Portugal a paramiloidose é particularmente frequente. Conhecida também como a “doença dos pezinhos”, esta patologia hereditária pode provocar danos irreversíveis em vários órgãos. No âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras, a diretora do Serviço de Neurofisiologia do Centro Hospitalar Universitário de Santo António explica alguns dos principais sintomas e sublinha a importância do diagnóstico precoce. “A paramiloidose é uma doença que é dramática e que mata muitos adultos/jovens”, alerta Teresa Coelho.
Dulce Brito: “A ATTR-CM pode parecer um puzzle quando se manifesta”
A miocardiopatia amiloide por transtirretina (ATTR-CM) é considerada uma doença rara, progressiva e potencialmente fatal. Estima-se que, depois de diagnosticada, o doente possa ter uma sobrevida de apenas três anos e meio. Perante a gravidade da doença, Dulce Brito, Cardiologista no Centro Hospitalar Lisboa Norte e Professora de Cardiologia na Faculdade de Medicina de Lisboa, considera que é fundamental que tanto a população, como a comunidade médica estejam bem informadas sobre a doença de maneira a garantir o diagnóstico precoce. “É preciso pensar na doença mesmo em contextos específicos, seja no campo da Cardiologia, da Neurologia ou mesmo no domínio da ortopedia, gastrenterologia ou outros”, alerta.
Vítor Tedim Cruz: “Precisamos de um ‘exército’ bem organizado na luta diária contra o AVC”
Nesta entrevista, o presidente da direção da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), que é também médico neurologista no Hospital Pedro Hispano, começa por explicar que “garantir o acesso da população a prevenção primária e secundária e a qualidade do tratamento agudo são o caminho a seguir”, e termina com uma mensagem dirigida aos profissionais de saúde: “Juntem-se a nós neste debate. Precisamos de um ‘exército’ bem organizado na luta diária contra o AVC”.