Na conferência de imprensa diária do executivo, o ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, instou a população a respeitar as medidas de confinamento decretadas, lembrando que o primeiro-ministro, Boris Johnson, irá explicar no domingo ao país o plano de desconfinamento.
A imprensa britânica avançou hoje que, entre as várias medidas em avaliação, o governo conservador britânico poderá impor uma quarentena de 14 dias a todos os viajantes que cheguem ao Reino Unido procedentes de qualquer país, exceto da Irlanda.
O executivo já admitiu que não irão existir a curto prazo mudanças “radicais” no que diz respeito à circulação das pessoas.
Segundo a imprensa britânica, a reabertura de centros de jardinagem e uma maior flexibilidade nas atividades de exercício diário das pessoas poderão ser outras das medidas possíveis do plano de desconfinamento.
O ministro dos Transportes britânico avançou hoje igualmente, e perante a progressiva reabertura da economia e o expectável regresso ao trabalho, que o governo vai lançar um “plano nacional de ciclovias” avaliado em 2.000 milhões de libras (cerca de 2.300 milhões de euros) que pretende melhorar, até 2025, toda a rede nacional de ciclovias e promover as deslocações por bicicleta ou a pé, de forma a reduzir o uso dos transportes públicos.
Sobre a possível reabertura das escolas, os sindicatos do setor da educação alertaram hoje para a necessidade de ouvir as opiniões dos cientistas sobre o assunto e de certificar que todos requisitos de limpeza e de segurança dos alunos, professores e funcionários estão garantidos.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France Presse (AFP), a pandemia da doença covid-19 já provocou mais de 274 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
LUSA/HN
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