Este feito, publicado esta quarta-feira na revista “Science Advances”, foi realizado “in vitro” com um dos cinco parasitas da malária capazes de infetar os seres humanos, o “Plasmodium falciparum”, que é o mais letal.
Segundo Alfred Cortés, investigador do ISGlobal, este parasita tem um ciclo de vida complexo, em que a fase assexuada do sangue é responsável pela causa dos sintomas da doença, enquanto a fase sexual (ou gametocisto) é a única capaz de infetar o mosquito.
Por conseguinte, a transmissão de seres humanos para mosquitos requer a diferenciação de alguns parasitas assexuais em gametócitos, um processo conhecido por conversão sexual.
“Compreender como é regulada a conversão sexual dar-nos-á pistas valiosas para bloquear a transmissão de doenças”, disse Cortés, cuja equipa tem vindo a trabalhar neste processo há vários anos.
As experiências também revelaram alterações funcionais que ocorrem no momento da conversão sexual.
“Este sistema poderia ser utilizado para caracterizar os parasitas sexuais a um nível proteómico ou metabólico e para testar a sua suscetibilidade a diferentes drogas”, concluiu Cortés.
LUSA/HN
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