IPO lamenta espera para análises e diz que doentes de quimioterapia não ficam na rua

15 de Julho 2020

O IPO de Lisboa lamentou esta quarta-feira a fila registada na segunda-feira para as análises clínicas e esclareceu que os doentes com marcações para o Hospital de Dia de Quimioterapia e Serviço de Atendimento Não Programado não aguardam no exterior.

Questionado pela Lusa por causa de imagens divulgadas nas redes sociais de dezenas de doentes que aguardavam na segunda-feira numa fila, no exterior do edifício, ao calor, o Instituto Português de Oncologia (IPO) disse que, apesar de às segundas-feiras ser superior o número de doentes que fazem analises ao sangue, pois há tratamentos que exigem os resultados no próprio dia ou 24 horas antes, não é habitual o acumular de pessoas como aconteceu naquele dia.

O IPO lembra que, apesar de os doentes também estarem informados de que só deverão comparecer 15 minutos antes da hora agendada e que, salvo situações de dependência, não podem trazer acompanhante, “muitos continuam a apresentar-se com muito tempo de antecedência, o que pode gerar, pontualmente, nalguns períodos do dia, maior concentração de pessoas em espera”.

“O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil recebe mais de mil doentes diariamente só para realização de atos de ambulatório (consultas, exames e tratamentos de radioterapia, quimioterapia e outros)”, indica a instituição, sublinhando que, para evitar várias deslocações ao instituto, “muitos destes doentes têm análises, consulta médica e tratamento agendados para o próprio dia, atos que são realizados de forma sequencial”.

Apesar do desfasamento dos horários das consultas e tratamentos, que se realizam durante todo o dia, “o elevado número de doentes para colheita de sangue para análises clínicas (mais de 400 por dia) regista uma maior concentração no período da manhã (para que os resultado das análises estejam prontos à hora a que os doentes têm consultas e tratamentos)”, explica.

O IPO esclarece ainda que, devido à Covid-19 e às formas de transmissão do novo coronavírus, teve necessidade de limitar a circulação e a presença de pessoas no interior dos edifícios, incluindo o número de doentes que aguardam nas salas de espera, aumentando, consequentemente, o número de pessoas fora dos edifícios.

“Atento à necessidade dos doentes e acompanhantes aguardarem no exterior, em março passado foram instaladas tendas à entrada de todos os edifícios e continuamos a adaptar as estruturas às contingências atuais, de forma a garantir um maior conforto para todos os que têm de vir ao Instituto”, acrescenta.

LUSA/HN

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