Itália regista mais três mortes, região de Roma admite confinamentos

19 de Julho 2020

Itália registou mais três mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, numa altura em que as autoridades da região de Lácio, onde fica a capital, Roma, ponderam impor o confinamento se houver mais surtos de infeção.

As mortes anunciadas hoje elevam para 35.045 o número total de óbitos resultantes da pandemia, desde que o estado de emergência foi decretado em Itália, a 21 de fevereiro, indicou a proteção civil local.

Na região da Lombardia (norte), a mais castigada do país, não houve registo de nenhuma morte, pela primeira vez desde 22 de fevereiro.

O último balanço oficial dá conta de 218 novos contágios, num total de 244.434 pessoas infetadas com coronavírus, contando mortos, doentes e curados (entre sábado e domingo curaram-se 143 pessoas).

O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, alertou hoje, nas redes sociais, para a necessidade de os cidadãos continuarem a respeitar as regras de prevenção de infeção e contágio.

“Estamos a meio de uma batalha. É essencial continuarem a comportar-se corretamente: uso de máscara, distanciamento de pelo menos um metro e lavagem frequente das mãos”, recordou.

Speranza é um dos ministros do Governo italiano que defende o prolongamento do estado de emergência – que termina a 31 de julho – até final do ano, mas será o parlamento a tomar essa decisão.

Entretanto, o delegado de saúde de Lácio, Alessio D’Amato, informou que se registaram hoje 17 novos casos de covid-19 na região, dez deles “importados” de outros países.

Muitos dos casos que têm sido registados na zona de Roma dizem respeito a trabalhadores do Bangladesh que voltaram a Itália.

“Apelo à utilização de máscaras, doutra forma teremos de fechar outra vez”, avisou, numa publicação na rede social Facebook.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 601 mil mortos e infetou mais de 14,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Itália é o quinto país com mais mortos pela doença, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, cidade da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

LUSA/HN

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