Medicamento para ansiedade Victan 2mg indisponível no mercado

21 de Julho 2020

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) anunciou hoje que o medicamento indicado para ansiedade e sintomas nervosos “Victan 2mg” está indisponível no mercado, apontando como “data provável” para a sua reposição o quatro trimestre deste ano.

O Infarmed adianta, em comunicado, que a empresa Sanofi Produtos Farmacêuticos Lda., único titular de autorização de introdução no mercado do Victan 2mg em Portugal, embalagens de 20 e 60 comprimidos, lhe comunicou “a sua incapacidade temporária de abastecer o mercado, tendo indicado o 4.º trimestre de 2020 como data provável” para a sua reposição.

O medicamento Victan, substância ativa Loflazepato de Etilo, é classificado como benzodiazepina com atuação ao nível do sistema nervoso central, encontrando-se indicado para a ansiedade e sintomas ansiosos.

A Autoridade Nacional do Medicamento afirma que está a “desenvolver todos os esforços no sentido assegurar o abastecimento das farmácias e unidades de saúde com a maior brevidade, estando para o efeito a realizar contactos com outros agentes do setor”.

Uma vez que estas diligências se encontram ainda em curso, o Infarmed solicitou orientações à Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, que já emitiu uma indicação.

“De acordo com a evidência científica disponível, em alternativa ao medicamento Victan 2mg, em especial no tratamento de sintomas de ansiedade crónica e quando exista risco de ocorrência de sintomas físicos de abstinência pode ser considerada a substância ativa Alprazolam 1mg em formulação de libertação prolongada, que se encontra disponível no mercado português”, refere a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica.

Defende ainda que “deverá ser equacionada pelos profissionais de saúde a implementação de medidas não farmacológicas para controlo de ansiedade, direcionando a solução farmacológica para doentes com distúrbios de ansiedade crónico e refratário.”

Para a prescrição da terapêutica alternativa mais adequada deverá o utente contactar o seu médico, refere o Infarmed no comunicado publicado no seu ‘site’.

LUSA/HN

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