Bombeiros de Izeda voltam a prestar socorro à população após surto

3 de Agosto 2020

Os bombeiros de Izeda voltaram esta segunda-feira a prestar socorro à população depois de quase duas semanas inoperacionais e o quartel fechado devido a um surto de Covid-19 na vila do concelho de Bragança.

Apesar de alguns elementos permanecerem de quarentena, o número de operacionais já é suficiente para retomarem a atividade desde as 08:00 desta segunda-feira, como anunciou à população o comandante dos bombeiros, Óscar Esménio.

O comandante é um dos nove bombeiros que testaram positivo ao novo coronavírus entre os 38 elementos da corporação, a maioria dos quais tiveram de cumprir quarentena por contactarem com os infetados.

Numa publicação nas redes sociais, o comandante informa que a partir de hoje, o corpo de bombeiros retoma a operacionalidade depois de as instalações do quartel terem sido “devidamente higienizadas e desinfetadas”.

Embora alguns bombeiros se mantenham em isolamento, aqueles que estão aptos são suficientes para garantir o socorro a esta zona do sul do concelho de Bragança, que nos últimos dias foi assistida pelas corporações vizinhas de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vimioso.

Os bombeiros de Izeda têm também um bar nas instalações que ajuda a financiar as atividades e que é frequentado pela comunidade, que só deverá reabrir “previsivelmente no fim de semana de 08 de agosto”, de acordo com o comandante.

Na origem do surto na vila de Izeda terá estado um emigrante em Espanha que visitou a localidade.

Desde o início da pandemia que em todo o distrito de Bragança totaliza mais de 400 casos confirmados de infeção e 24 mortes associadas à covid-19, sem registo de óbitos desde maio.

O atual período de férias é o medo das autoridades locais, como realçou recentemente à Lusa Carlos Vaz, presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste.

Nesta época chega ao Nordeste Transmontano gente de outras zonas portuguesas, nomeadamente Lisboa, e do estrangeiro.

“Essas pessoas, porque estão assintomáticas, sem querer, podem contagiar muita gente nas nossas aldeias e é o nosso medo”, declarou à Lusa o presidente da ULS do Nordeste.

Carlos Vaz lembrou que os casos que se têm registado na região têm sido importados e pede a quem visita o distrito de Bragança, sobretudo as populações mais envelhecidas, que tomem todos os cuidados.

Entre esses cuidados destacou o uso da máscara e o evitar do contacto físico, nomeadamente afetos como beijos e abraços.

 Portugal contabiliza pelo menos 1.738 mortos associados à Covid-19 em 51.463 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

LUSA/HN

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