Rússia envia cinco aviões com ajuda de emergência

5 de Agosto 2020

Moscovo vai enviar cinco aviões de carga com ajuda de emergência para a capital do Líbano onde violentas explosões fizeram pelo menos 100 mortos e quatro mil feridos na terça-feira.

O ministro para as Situações de Emergência da Rússia disse esta quarta-feira que o país vai enviar pessoal médico, hospitais de campanha e um laboratório para testes de Covid-19.

A Rússia junta-se assim a outros países, como a França, a Jordânia ou a Holanda, que anunciaram hoje de manhã o envio de auxílio para capital libanesa.

Mais de uma centena de pessoas morreram e mais de quatro mil ficaram feridas nas duas violentas explosões que sacudiram na terça-feira o porto de Beirute, capital do Líbano, de acordo com um novo balanço da Cruz Vermelha.

“Até agora, mais de quatro mil pessoas ficaram feridas e mais de 100 morreram. As nossas equipas continuam as operações de busca e salvamento nas áreas circundantes”, informou a Cruz Vermelha libanesa, em comunicado.

Fontes da presidência francesa indicaram hoje que dois aparelhos militares, um A400M e um MRTT, vão transportar 55 pessoas e 15 toneladas de material para Beirute, assim como uma unidade sanitária que pode prestar cuidados a 500 feridos.

Os aviões militares devem partir de Paris ao fim da manhã devendo chegar a Beirute ao final da tarde.

A França vai enviar também mais uma dezena de médicos e enfermeiros especializados em situações de emergência para reforçarem os hospitais e as equipas locais.

A Jordânia anunciou que vai enviar um hospital de campanha e equipas médicas de socorro.

O governo holandês enviou de madrugada 67 profissionais especializados em missões humanitárias, incluindo médicos e enfermeiros, para ajudar nos trabalhos de busca e resgate das vítimas da explosão.

De acordo com a ministra holandesa para a Cooperação e Desenvolvimento, Sigrid Kaag, a equipa que já se encontra em Beirute tem “uma especial experiência na busca de sobreviventes soterrados em escombros”.

Anteriormente, o Egito iniciou a instalação de um outro hospital de campanha para receber as vítimas da explosão que precisam de tratamento urgente.

Também a República Checa fez saber que o Líbano aceitou o envio de 37 especialistas em resgates e equipas de cães treinados para detetar pessoas soterradas.

A Dinamarca vai também enviar material humanitário e a Grécia também se dispôs a ajudar “com aquilo que seja possível.

O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas.

As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.

LUSA/HN

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