As autoridades chinesas indicaram ainda que, após a cidade chinesa de Zhuhai, a emissão dos vistos individuais e de grupos será alargada a toda a província de Guangdong a 26 de agosto.
Em ambos os casos, a Administração Nacional de Imigração alertou que as datas só se irão manter se a situação pandémica se mantiver estável.
A mesma entidade esclareceu que não vão aceitar pedidos de vistos de pessoas que habitem em zonas consideradas de alto risco ou que tenham estado nessas regiões nos últimos 14 dias.
A emissão de vistos turísticos para entrada em Macau é uma medida considerada essencial para revitalizar a indústria do jogo na capital mundial de casinos, com Zhuhai a ser a cidade ‘teste’.
A emissão vai ser retomada a partir desta quarta-feira e só vai abranger para já a vizinha Zhuhai, na província de Guangdong, ficando os visitantes isentos da quarentena de 14 dias desde que não tenham estado no estrangeiro nas duas semanas anteriores e realizem um teste de despistagem negativo à Covid-19, informou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U.
Sob as mesmas condições, a partir também desta quarta-feira, os residentes de Macau também podem entrar em toda a China, ficando excluídos aqueles que tenham um passaporte estrangeiro.
Macau não tem qualquer caso ativo e não registou ainda qualquer transmissão comunitária do novo coronavírus.
Já em abril, o chefe do Governo de Macau anunciara a intenção de solicitar a Pequim a retoma da emissão de vistos individuais, suspensa devido à pandemia, o que é visto pelos especialistas como crucial para a recuperação do setor do jogo, o ‘motor’ da economia do território, muito dependente do mercado turístico chinês.
A economia de Macau sofreu uma quebra sem precedentes tanto na exploração dos casinos como na entrada de visitantes desde final de janeiro, quando se verificou a primeira vaga de casos de Covid-19 detetados no território.
Das centenas de milhões de euros de lucros do jogo, as operadoras de Macau estão agora a anunciar prejuízos nas operações que incluem os ‘resorts’ integrados, muito por causa das restrições fronteiriças impostas.
Macau registou em 2019 quase 40 milhões de visitantes. Só em maio o número de visitantes provenientes do interior da China, o maior mercado turístico do território, chegou a cair em maio 99,4%, em termos anuais.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 733 mil mortos e infetou mais de 20 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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