De acordo com a agência de notícias AP, mais de 300 casos de contágio pelo vírus foram associados à igreja do reverendo Jun Kwang-hun, no norte de Seul, que surge como um grande foco de infeções na capital sul-coreana.
As autoridades estão preocupadas que a propagação do vírus possa piorar depois de milhares de manifestantes, incluindo Jun e os membros de sua Igreja Sarang Jeil, terem marchado contra o Governo no centro de Seul no sábado, apesar dos apelos das autoridades para ficarem em casa.
Trabalhadores da saúde até agora relacionaram 319 infeções à igreja de Jun depois de completar testes em cerca de dois mil dos seus quatro mil membros. A polícia está à procura de cerca de 700 membros da igreja que permanecem fora de contacto.
De acordo com a agência de notícias AFP, cerca de um em cada seis fiéis testou positivo para o coronavírus, disse o vice-ministro da Saúde sul-coreano, Kim Gang-lip.
Uma lista de membros fornecida pela igreja foi considerada “imprecisa”, disse o vice-ministro, tornando o rastreamento e o isolamento “muito difíceis”.
O Ministério da Saúde e as autoridades de Seul entraram com duas queixas distintas contra Jun, acusando-o de dificultar deliberadamente os esforços para lidar com a epidemia.
O país registou hoje 197 novos casos da doença, elevando o número nacional desde o início da epidemia em fevereiro para 15.515 pessoas infetadas pelo novo coronavírus.
Este é o quarto dia consecutivo em que mais de 100 infeções pelo vírus são contabilizadas, após várias semanas em que os números oscilaram entre trinta e quarenta.
Neste fim de semana, os governos de Seul e da província vizinha de Gyeonggi – que conta com quase metade da população da Coreia do Sul – aumentaram as restrições e proibiram as reuniões religiosas após o surgimento de novos casos, aumentando o temor de uma segunda vaga da epidemia.
A Igreja de Jesus Shincheonji, ligada a cerca de cinco mil casos de Covid-19, esteve no centro do surto de fevereiro da epidemia de coronavírus no país.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela AFP.
LUSA/HN
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