“Do meu ponto de vista não pode haver novo alívio neste momento”, disse a chanceler, frisando que a Alemanha está “no meio da pandemia” e apelando à população para respeitar as regras de higiene, uso de máscara, distanciamento e quarentena no regresso de zonas consideradas de risco.
Merkel, que falava à imprensa após uma reunião com o governo da região da Renânia do Norte-Vestefália (oeste), a mais populosa do país, afirmou que “a duplicação de [novos] casos” registada em média “em toda a Alemanha nas últimas três semanas” reflete “uma evolução que não deve continuar e, pelo contrário, deve ser travada”.
A chanceler apontou que estão previstas “multas consideráveis” para quem infringir as regras em vigor e insistiu: “não são uma opção, mas um dever” e “são algo que todos podemos e devemos fazer”.
A Alemanha regista nas últimas semanas uma média diária de 1.159 novos casos, ao nível dos números do princípio de maio e muito acima dos cerca de 500 novos casos diários registados em julho.
Nas últimas 24 horas, segundo dados oficiais de hoje, foram confirmados 1.390 novos casos de infeção, havendo nesta altura 13.200 casos ativos no país.
Desde o início da pandemia, em fevereiro, a Alemanha é o quarto país europeu com mais casos confirmados (224.014), depois de Espanha (359.082), Reino Unido (319.197) e Itália (254.235), segundo dados de hoje do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.
O país regista, contudo, uma mortalidade associada à Covid-19 inferior à dos restantes países europeus mais atingidos (9.236), o que é atribuído à importante rede hospitalar do país e à realização maciça de testes.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.784 pessoas das 54.448 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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