O anúncio surge na véspera da 21.ª reunião por videoconferência do comité ministerial que monitoriza o acordo de redução da produção petrolífera dos países da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)/não-OPEP, na qual Alexander Novak deveria participar.
“Infelizmente, Alexander Valentinovich Novak adoeceu com o novo coronavírus”, disse Michoustine, citado pela agência de notícias russa Interfax, durante uma reunião do governo em Blagoveshchensk, no Extremo Oriente russo.
Segundo o primeiro-ministro russo, Novak teve conhecimento que testou positivo para a Covid-19 após a sua chegada a Blagoveshchensk, onde deveria participar na reunião, bem como do lançamento hoje de um gigantesco projeto petroquímico perto da China.
“Ele chegou e partiu para Moscovo”, disse Michoustine.
“Desejamos-lhe uma rápida recuperação de todo o coração”, acrescentou o primeiro-ministro, que também esteve infetado no final de abril, mas já está recuperado.
Entretanto, o porta-voz do Ministério da Energia da Rússia disse à agência de notícias RIA Novosti que o ministro “vai participar na reunião por videoconferência”.
Segundo a agência, vários jornalistas que acompanhavam Mikhail Michoustine na viagem pelo Extremo Oriente russo, que começou na semana passada, também testaram positivo para a Covid-19 e tiveram de voltar a Moscovo.
Muitos oficiais russos foram infetados nos últimos meses com Covid-19, incluindo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, bem como vários ministros e deputados.
Na segunda-feira, a Rússia registou oficialmente 927.745 casos e 15.740 mortes.
Na semana passada, o presidente Vladimir Putin anunciou que uma primeira vacina “bastante eficaz” havia sido desenvolvida na Rússia, mas o anúncio foi visto com ceticismo no resto do mundo, pois a fase final dos testes ainda não havia começado.
Putin disse que a vacina foi registada na Rússia pelo Centro de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleïa, em Moscovo, em parceria com o Ministério da Defesa russo.
Os investigadores ocidentais lançaram, no entanto, dúvidas sobre o anúncio, tendo alguns argumentado que uma vacina desenvolvida à pressa pode ser perigosa.
LUSA/HN
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