Segundo a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, o uso de emergência de uma vacina tem de ser ponderado “com cautela” e “caso a caso”, tendo em conta a sua eficácia e segurança.
Soumya Swaminathan falava na habitual videoconferência de imprensa transmitida da sede da OMS, em Genebra, na Suíça.
De acordo com a responsável, “a aprovação prematura de uma vacina”, sem todos os estudos adequados finalizados, pode implicar que essa vacina tenha “baixa eficácia, não funcione ou tenha um perfil de segurança inaceitável”.
A cientista-chefe da OMS recordou que uma vacina para a covid-19 terá de possuir uma “eficácia mínima” de 30%.
“Idealmente, não queremos que uma vacina com menos de 30% de eficácia seja aprovada”, frisou.
A OMS está a trabalhar em conjunto com especialistas sobre os critérios de segurança e eficácia para aprovação de uma vacina para a covid-19.
Justificando a importância dos resultados de eficácia e segurança dos ensaios clínicos de vacinas experimentais, o diretor-executivo do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Mike Ryan, advertiu para o risco de se “negligenciar alguns efeitos adversos” se se começar a vacinar milhões de pessoas “muito rapidamente”.
A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 847.071 mortos e infetou mais de 25,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.822 pessoas das 58.012 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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