“Todos os trabalhadores do setor da saúde dos cinco sindicatos que compõem o Sindicato Unido dos Trabalhadores da Saúde (Johesu) e a Assembleia das Associações de Profissionais de Saúde (AHPA) devem regressar ao trabalho”, anunciaram os sindicalistas numa declaração conjunta citada pela agência AFP.
Os líderes sindicais anunciaram ainda que se reuniriam mais tarde para decidir “sobre o próximo plano de ação”, instando ao mesmo tempo o Governo a responder às exigências dos trabalhadores.
A Johesu representa farmacêuticos, enfermeiros, parteiras e radiologistas – a classe de profissionais da saúde que estão na linha da frente na luta contra a pandemia do coronavírus.
Os trabalhadores do setor convocaram esta greve na semana passada, numa tentativa de obter, entre outras coisas, um aumento de salário e um prémio de risco pelo trabalho contra a covid-19. O Governo nigeriano condenou a greve, considerando-a desnecessária, inadequada e ilegal.
As greves no setor hospitalar são comuns na Nigéria, onde os serviços de saúde sofrem de faltas de financiamento graves. Cerca de 1.000 trabalhadores da área da saúde foram infetados desde o início da pandemia, de acordo com números do Centro Nigeriano de Controlo de Doenças Infeciosas (NCDC).
Este protesto dos sindicatos nigerianos do setor da saúde é apenas o último num dos países com maior número de infetados com o vírus SARS-CoV-2 entre os 55 Estados de África (57.242), e onde o número de mortos ascende a 1.098, segundo os dados de hoje do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
LUSA/HN
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