Vacinação contra pólio supera meta em Moçambique

18 de Abril 2022

A primeira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite em Moçambique abrangeu 4,8 milhões de crianças menores de 05 anos, 14% acima do inicialmente previsto, anunciou hoje a embaixada norte-americana, após um surto detetado no Maláui.

A primeira fase, lançada a 20 de março, “ultrapassou largamente a meta de 4,2 milhões de crianças inicialmente planeada, uma prova do que é possível através da parceria”, disse Alfredo Vergara, diretor em Moçambique do Centro de Controlo de Doenças norte-americano, citado num comunicado.

A parceria vai manter-se para a segunda fase da campanha de vacinação, a ser lançada a 28 de abril – sendo que as autoridades pretendem vacinar 5,1 milhões de crianças contra a poliomielite até ao final do ano.

“Estamos mais perto do que nunca de erradicar a poliomielite a nível mundial e esta campanha é mais um passo”, acrescentou.

Moçambique e mais quatro países africanos receberam 80 milhões de doses para combater a pólio após a deteção de um surto no Maláui, em 17 de fevereiro, anunciou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Governo dos Estados Unidos da América apoia o Ministério da Saúde (MISAU) moçambicano no planeamento, implementação e monitorização da campanha de vacinação contra a poliomielite nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa, Zambézia, Tete, Manica e Sofala.

Entre outras ações, providencia financiamento e assistência técnica a parceiros locais e internacionais para apoiar a campanha de vacinação.

O apoio inclui também atividades para detetar casos suspeitos e propor outras intervenções preventivas, bem como vigilância ao longo da fronteira Maláui-Moçambique, implementando atividades que visam prevenir a propagação do poliovírus selvagem.

A região africana foi declarada e certificada como livre de pólio selvagem indígena em agosto de 2020, após eliminar todas as formas de poliovírus selvagem.

A certificação da região como livre da pólio selvagem continua inalterada.

Análises laboratoriais ligaram a variante detetada no Maláui com a que circulava na província de Sindh, no Paquistão, em 2019.

LUSA/HN

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