Numa conferência de imprensa à porta do Hospital Militar Walter Reed, nos arredores de Washington, Sean Conley, citado pela Associated Press (AP) disse que o estado de saúde do Presidente “continuou a melhorar”.
O médico disse também que Donald Trump foi tratado com um esteroide, depois de duas descidas dos seus níveis de oxigénio, no sábado, tendo a possibilidade de sair do hospital na segunda-feira.
Apesar das melhoras, Conley disse que Donald Trump teve “febre alta” na sexta-feira, e que os níveis de oxigénio desceram para 93%, sem sensação de perda de fôlego.
Também Brian Garibaldi, um especialista em cuidados pulmonares que faz parte da equipa de médicos a acompanhar o caso, disse que Trump recebeu uma segunda dose do medicamento experimental remdesivir, juntamente com uma primeira dose do esteroide dexametasona no sábado, e não está a demonstrar nenhuns efeitos secundários.
Garibaldi disse que o Presidente “está a pé e bem”, e que o plano é tê-lo “fora da cama” durante o dia de hoje o máximo de tempo possível.
Os dois médicos disseram que caso a evolução continue favorável, Trump poderá voltar à Casa Branca na segunda-feira e continuar a sua série de cinco dias de tratamento com remdesivir e outros tratamentos adequados.
Relativamente aos relatos contraditórios acerca do estado de saúde do Presidente divulgados no sábado, quer pela equipa médica que o acompanha, quer pela Casa Branca, Sean Conley disse que quis “refletir a atitude positiva” de Trump na comunicação à imprensa.
“Estava a tentar refletir a atitude positiva da equipa, que o Presidente e que a evolução da doença tiveram”, disse.
Conley acrescentou que “não quis dar nenhuma informação que poderia levar o curso da doença noutro sentido”, e que ao fazê-lo “saiu como se se estivesse “a tentar esconder alguma coisa, o que não era necessariamente verdade”.
No sábado, o chefe de pessoal da Casa Branca, Mark Meadows, disse que Donald Trump passou por um período “muito preocupante” na sexta-feira e que as próximas 48 horas seriam “críticas” para a recuperação do Presidente norte-americano.
“Ainda não estamos num caminho claro para uma recuperação completa”, disse Mark Meadows, contradizendo a avaliação avançada por pessoal da Casa Branca desde que Trump revelou o seu diagnóstico, bem como pelos seus médicos.
A conferência de imprensa do Comandante da Marinha e médico Sean Conley, no sábado, levantou mais questões do que aquelas a que respondeu, pois Conley recusou-se repetidamente a dizer se o Presidente alguma vez precisou de oxigénio suplementar e a discutir exatamente quando ficou doente.
“Quinta-feira sem oxigénio. Nenhum, neste momento. E ontem [sexta-feira] com a equipa, enquanto estivemos todos aqui, ele não estava a oxigénio”, disse Conley.
Mas, de acordo com uma pessoa, citada sob anonimato pela agência Associated Press, Trump recebeu oxigénio na Casa Branca na sexta-feira, antes de ser transportado para o hospital militar.
Trump tem 74 anos e é clinicamente obeso, o que o coloca em maior risco de complicações graves por causa do vírus que infetou mais de 7 milhões e matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos.
Na sexta-feira Donald Trump anunciou na sua página pessoal da rede social Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo ao coronavirus e que iria ficar em quarentena.
Horas depois, foi internado por medida de precaução no Hospital Militar Walter Reed.
LUSA/HN
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