O coordenador geral interino da equipa da Covid-19 do Ministério da Saúde timorense, Nilton da Silva, disse aos jornalistas que o homem de 36 anos teve dois testes negativos, motivo pelo qual teve alta hospitalar.
“Apesar de ter tido alta, deverá permanecer em auto confinamento em casa durante 14 dias, com medidas preventivas e sob controlo e vigilância regular das equipas de vigilância epidemiológica”, acrescentou.
Até ao momento e desde o início da pandemia, Timor-Leste registou um total de 28 casos, já todos recuperados, com um total de 8.306 testes realizados, dos quais 272 ainda à espera dos resultados.
O responsável timorense explicou que três pessoas entraram ilegalmente na última semana na fronteira terrestre – tendo sido conduzidos para quarentena – com 262 pessoas ainda em autoquarentena (a maior parte em Díli) e 407 em quarentena em instalações do Estado.
Nilton da Silva lembrou que o Governo continua a permitir a autoquarentena, mas que para isso deve ser feito um pedido ao Ministério da Saúde uma semana antes da viagem para Timor-Leste.
Timor-Leste está desde o início da semana no sexto período de 30 dias de estado de emergência devido à pandemia, com restrições nas entradas no país, com regras mais apertadas para as fronteiras terrestres, que incluem o pagamento de multas a quem entrar ilegalmente.
As novas regras, que agravaram as restrições já em vigor nos últimos períodos do estado de exceção, proíbem a “passagem fronteiriça terrestre para fins tradicionais ou costumeiros e para acesso a mercados regulados”, indicou o Governo, em comunicado.
“Quem desrespeite estas regras fica sujeito à aplicação de coima de 30 a 250 dólares americanos (entre 26 e 213 euros), ficando também obrigado a suportar as despesas que resultem do respetivo isolamento profilático”, sublinha.
Estas medidas estão em vigor desde e até às 23:59 de 03 de novembro (15:59 em Lisboa), depois de terem sido aprovadas numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros no sábado.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e quarenta e cinco mil mortos e mais de 35,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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