Apesar de restrições a Argentina é um dos países mais afetados pelo vírus a nível mundial

14 de Outubro 2020

Com 917.035 casos de Covid-19 e 24.527 mortes desde o início da pandemia, a Argentina está perto de passar ao quinto lugar mundial no número de infeções, quando aumentam os […]

Com 917.035 casos de Covid-19 e 24.527 mortes desde o início da pandemia, a Argentina está perto de passar ao quinto lugar mundial no número de infeções, quando aumentam os protestos no país.

De acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins, o país, com 44 milhões de habitantes, ocupa atualmente o sexto lugar em relação ao número de pessoas infetadas, muito perto da Colômbia, que é quinto, com 924.098 casos (mais cerca de sete mil infeções que a Argentina).

Em termos de óbitos, a Argentina está em 12.º lugar a nível mundial, tendo na última semana registado um recorde de mortos, com 515 vítimas fatais na sexta-feira.

Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde argentino comunicou 386 mortes provocadas pela doença, além de 9.524 casos.

O Governo argentino anunciou na segunda-feira uma nova prorrogação, até 25 de outubro, das medidas de isolamento social, obrigatórias em núcleos de 18 províncias, incluindo na área metropolitana de Buenos Aires, a mais povoada do país.

Ao abrigo das medidas de combate à pandemia, eventos culturais, recreativos ou religiosos em espaços públicos ou privados que reúnam mais de 10 pessoas e eventos sociais em espaços fechados continuam a ser proibidos, bem como desportos com mais de 10 participantes.

Um plano para o regresso progressivo às aulas presenciais, após sete meses de atividades virtuais, foi dado a conhecer, a começar pelos distritos que apresentam baixo risco, cumprindo o protocolo sanitário.

Entre eles está a capital, onde as escolas estão hoje a reabrir gradualmente as portas, com estudantes do último nível de cada ano letivo.

O regresso às aulas será feito por turnos, com grupos de dez alunos e um professor, organizados de forma a que não se cruzem com outro grupo, por forma a permitir que, caso um aluno ou professor apresente sintomas do vírus, apenas uma turma seja isolada, em vez da escola inteira.

O cansaço da população com as medidas de quarentena, num país em grave recessão desde 2018, sem fim à vista, tem levado muitos às ruas.

No domingo, milhares de pessoas, convocadas através das redes sociais, saíram à rua para protestar contra a gestão da pandemia e contra a reforma do sistema judicial promovida pelo Governo.

Embora aparentemente o apelo não tenha vindo de nenhuma formação política, líderes da “Juntos por el Cambio” (Juntos pela Mudança), uma coligação do ex-Presidente Mauricio Macri (2015-2019), como a ex-ministra Patricia Bullrich, apoiaram a manifestação, que se segue a várias nos últimos meses.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e um mil mortos e mais de 37,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

LUSA/HN

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