Alemanha regista novo recorde de infeções diárias com mais de sete mil casos

16 de Outubro 2020

A Alemanha registou 7.334 novas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, o que representa um novo máximo desde o início da pandemia, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Robert Koch (RKI) de virologia.

Assim, o número de infeções registadas desde o início da pandemia no país chega a 348.557, tendo sido contabilizados 9.734 óbitos e 284.600 pessoas recuperadas da Covid-19.

Na quinta-feira, o RKI tinha informado que a Alemanha havia excedido pela primeira vez as seis mil novas infeções diárias.

No entanto, os números dificilmente podem ser comparados com os da primavera, porque o número de exames aumentou consideravelmente, sendo que através destes se descobrem mais casos de pessoas sem sintomas.

O presidente do RKI, Lothar Wieler, afirmou que, apesar do nítido aumento de novas infeções, é possível evitar um novo encerramento de parte da vida pública e da economia, como o que ocorreu na primavera.

“Agora sabemos mais sobre o vírus, temos mais recursos contra a doença, os médicos estão mais bem preparados e há maior sensibilidade nos lares para idosos”, disse Wieler à Catholic Press Agency (KNA).

O número de distritos ou cidades que ultrapassam 50 infeções por semana por 100.000 habitantes aumentou para 70.

Quando essa incidência semanal é ultrapassada, segundo o acordo firmado esta semana pela chanceler alemã, Angela Merkel, e os chefes de governo dos Estados federais, são impostas regras adicionais, como o encerramento de restaurantes e bares a partir das 23:00.

Em alguns Estados federais, os hotéis foram proibidos de acomodar hóspedes dessas áreas de risco.

No entanto, em dois desses Estados – Baixa Saxónia e Baden Württenberg – os tribunais consideraram a suspensão da medida desproporcional.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos e mais de 38,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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