Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, adiantou que na reunião de hoje do Conselho de Ministros foi decidido submeter ao Parlamento um documento para prolongar o estado de emergência até 16 de fevereiro do próximo ano, altura em que poderão tomar-se novas medidas.
A Assembleia Nacional francesa vai reunir-se excecionalmente no sábado e no domingo para analisar o projeto de lei, que seguirá, depois, para o Senado.
O estado de emergência entrou em vigor em França no sábado por um período de pelo menos um mês.
“Tal como desde o início da pandemia, tomaremos decisões adaptando-nos à evolução da doença”, referiu Attal, adiantando que o texto inclui a ideia de que as restrições à circulação e à reunião, bem como o encerramento antecipado do comércio poderão prolongar-se até abril do mesmo ano.
O porta-voz do Governo francês admitiu que vários departamentos do país poderão entrar em alerta máximo dos próximos dias, que se juntarão no recolher obrigatório já imposto na região de Paris e nas cidades de Lyon, Lille, Grenoble, Rouen, Montpellier, Saint-Étienne, Toulouse e Marselha.
Entre as novas cidades que podem ter recolher obrigatório estão Estrasburgo, Clemond-Ferrand e Nimes, onde a taxa de incidência da Covid-19 atingiu os 322 casos por cada 100 mil habitantes.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, e o ministro da Saúde, Olivier Véran, vão estar na quinta-feira na apresentação semanal da situação epidémica no país para anunciar a aplicação das novas medidas.
Na terça-feira, França registou 185 mortes e 20.468 novas infeções com o novo coronavíerus, que provoca a doença da Covid-19, elevando o número acumulado de casos desde o início da epidemia para 930.745 e o número de mortes para 33.885 pessoas.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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