Esta será a segunda vez que fica em funcionamento a referida estrutura, que, reunindo diferentes forças ligadas à Proteção Civil e à Saúde Pública, foi inicialmente instituída no mês de março, teve o seu pico de atividade durante o cerco sanitário a que o município esteve sujeito entre 18 de março e 17 de abril, e seria depois encerrada em 09 de julho.
Agora, em Ovar, no distrito de Aveiro, a situação de alerta e o Gabinete de Crise voltam a ser reativados “em virtude da evolução epidemiológica no âmbito da pandemia da doença Covid-19 no concelho”, sendo que, de acordo com a Câmara Municipal, um e outro se manterão “em vigor enquanto se justificar”.
A decisão resulta de um despacho em que o presidente da autarquia, o social-democrata Salvador Malheiro, refere “o aumento significativo do número de casos de infeção registados nas últimas semanas no país e na Europa” e reconhece que “o concelho de Ovar tem vindo a acompanhar essa tendência”.
O último boletim epidemiológico da autarquia referia esta segunda-feira o aparecimento de “30 novos casos de Covid-19” no espaço de 24 horas, o que perfazia um total de 143 casos ativos no município – que abrange um território com cerca de 55.400 habitantes e 148 quilómetros quadrados.
Em termos globais, esses últimos diagnósticos contribuíam assim para um total acumulado de 1.003 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 desde o início da pandemia, assim como 41 óbitos.
Para Salvador Malheiro, isso significa que “urge adotar, de imediato, medidas que, sem comprometer a sustentabilidade económica e social local, apelem e conduzam a um comprometimento pessoal e coletivo pró-ativo, de forma a serem evitados novos focos de contágio comunitário e nos núcleos familiares”.
O estado de alerta municipal prevê ainda a possibilidade de virem a ser adotadas outras medidas preventivas, de acordo com a análise à situação epidemiológica municipal, “em estrita e permanente articulação com a Autoridade de Saúde Local”.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já matou mais de um 1,1 milhões de pessoas em todo o mundo, infetando mais de 43 milhões.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde indicava 2.343 óbitos entre 121.133 infeções confirmadas.
LUSA/HN
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