“Estamos a lidar com um crescimento exponencial”, referiu Altmaier, sublinhando que os números atuais eram completamente inimagináveis há três semanas.
Segundo o Instituto Robert Koch (RKI), a Alemanha contabiliza, desde o início da pandemia de Covid-19, um total de 449.275 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 326.700 já foram considerados curados.
O total de vítimas mortais atribuídas à Covid-19 é de 10.098, uma subida de 42 em relação ao dia anterior.
Há, nesta altura, um segundo distrito alemão em confinamento, na região da Baviera, a maior da Alemanha e a segunda com o maior número de casos de Covid-19.
Rottal-Inn soma-se a Berchtesgaden, impondo restrições como o encerramento de escolas e jardins-de-infância, e cancelando todos os eventos programados. Os habitantes estão também proibidos de abandonar as suas casas, exceto por razões de força maior, como idas ao supermercado ou ao médico.
Os hospitais e unidades de cuidados intensivos na Alemanha estão novamente a encher-se, levando já a chanceler Angela Merkel a expressar uma grande preocupação com o desenvolvimento da situação no país.
Nas últimas duas semanas, o número de pacientes nos cuidados intensivos duplicou e a falta de profissionais de saúde no atendimento está a revelar-se um dos maiores problemas.
Em declarações hoje ao grupo de comunicação “Funke”, Uwe Janssens, presidente da Associação Interdisciplinar alemã de Cuidados Intensivos e Medicina de Urgência salientou que há “uma falta de pessoal dramática”.
Para esta quarta-feira, está marcada uma nova reunião com a líder do executivo e os primeiros-ministros dos dezasseis estados federados, na qual são esperadas novas medidas de contenção.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.343 pessoas dos 121.133 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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