As opiniões dos executivos da saúde foram recolhidas no âmbito de um inquérito para um trabalho denominado “Aprender com a Covid-19”, que sublinha também a necessidade de novos reforços orçamentais e de profissionais.
Um relatório elaborado na sequência do estudo refere que houve “uma rápida curva de aprendizagem” com a resposta à pandemia e muitas das mudanças ocorridas e que da experiência adquirida servirão para “consolidar um sistema de saúde mais forte, mais eficiente e coordenado”.
Para a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a pandemia colocou em dúvida muitas convicções, abriu novas incógnitas sobre como será o “novo normal” nos hospitais e centros de saúde e gerou “expectativas e oportunidades para mudar a maneira de fazer as coisas”.
De acordo com os inquiridos, “restam muitos desafios para o futuro”, sendo que o principal é “a atenção aos episódios esquecidos ou atrasados” durante a pandemia.
Da mesma forma, refere o relatório, “serão necessários novos reforços orçamentais e também de profissionais, bem como continuar a consolidar e avaliar as experiências significativas de transformação, coordenação e gestão ocorridas durante a pandemia”.
Além de descrever a forma como as unidades de saúde se organizaram, no âmbito dos planos de contingência, o estudo dá conta da realidade de “profissionais de saúde exaustos por jornadas de trabalho intermináveis”.
Foram realizadas 34 entrevistas por telefone, entre 12 de setembro e 05 de outubro, a presidentes de conselhos de administração de centros hospitalares do Sistema Nacional de Saúde, presidentes de conselhos de administração de hospitais das regiões autónomas, a secretários regionais da Saúde (Açores e Madeira) e a presidentes de conselho de administração das administrações regionais de saúde.
Segundo a APAH, o estudo pretendeu avaliar as reformas realizadas durante a pandemia, antever o futuro e ajudar a estabelecer “um diálogo construtivo” entre gestores, profissionais de saúde e autoridades.
LUSA/HN
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