Maus hábitos alimentares estão entre fatores de risco para perda de vida saudável

31 de Outubro 2020

Os hábitos alimentares inadequados estão entre os cinco fatores que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável dos portugueses, segundo o estudo Global Burden Disease de 2019.

O elevado consumo de carne vermelha, o baixo consumo de cereais integrais e o elevado consumo de sal são, entre esses fatores, os hábitos que mais contribuem para a perda de anos de vida com saúde, de acordo com a análise feita, que integra o relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), hoje publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em comunicado enviado à agência Lusa, é referido que o estudo conclui existir uma melhoria da prestação de cuidados nutricionais, em particular ao nível dos cuidados de saúde hospitalares, desde que em 2018 entrou em vigor o despacho que determinou a identificação do risco nutricional a todos os doentes hospitalizados.

“A maioria das unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (68,3%) tem atualmente o rastreio do risco nutricional implementado”, sublinha a mesma nota.

O documento pretendeu, além de fazer um diagnóstico da situação epidemiológica, apresentar dados relativos à avaliação dos resultados alcançados por diferentes medidas que foram implementadas pelo PNPAS ao longo dos últimos anos.

Os efeitos da lei que aplica restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos foi um dos elementos avaliados.

Se os canais infantis já não transmitem publicidade a alimentos, cerca de 10% dos anúncios nos canais de televisão generalistas são alusivos a alimentos e, nesses, a maioria (65,6%) do que é publicitado “não cumpre o perfil nutricional definido pela DGS e 18,6% dos anúncios a alimentos ainda apresentam conteúdo dirigido a crianças”, acentua o mesmo comunicado.

O estudo avaliou ainda o impacto da campanha “Comer melhor, uma receita para a vida”, realizada em novembro de 2019, que se estima ter chegado a “meio milhão de portugueses” que tiveram contacto com a iniciativa e que compreenderam a mensagem veiculada, acentua a DGS, em comunicado.

LUSA/HN

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