“Pelo facto de, em São Tomé e Príncipe, sentirmos que os indicadores do quadro epidemiológico vêm evoluindo, no quadro do Conselho de Ministros tomámos algumas medidas”, disse aos jornalistas o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, no final de mais uma reunião alargada do Comité de Crise.
“Perante o relaxamento das nossas populações, perante a evolução do quadro epidemiológico, o Comité de Crise propõe que, a partir da segunda-feira, [se decida] aumentar as medidas. Vamos aumentar de nível, vamos passar do Estado de Alerta para o Estado de Calamidade”, acrescentou Jorge Bom Jesus.
O governante sublinha que essa decisão permite ao governo “adotar medidas preventivas”. Sobretudo porque “no próximo mês decorre a quadra festiva do Natal e do Ano Novo, nós queremos que a situação esteja controlada e possamos passar as festas num quadro de estabilidade ao nível da saúde”.
As novas medidas a serem tomadas no âmbito do Estado de Calamidade serão anunciadas na segunda-feira, disse o chefe de Governo, recordando que a maioria delas “são recorrentes e bastante familiares”, incluindo o distanciamento social, higienização e uso das máscaras.
O executivo defende que tem “compromisso com a saúde da população, com a vida de cada são-tomense”, pelo que não irá “regatear esforços para que tudo isso aconteça”, pedindo “compreensão ao povo” e “colaboração máxima”.
O governo diz que vai “mobilizar todos os atores sociais, culturais e políticos para que São Tomé e Príncipe se veja livre mais rapidamente desta doença”.
Em África, há 44.849 mortos confirmados em mais de 1,8 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Angola regista 303 óbitos e 12.335 casos, seguindo-se Cabo Verde (100 mortos e 9.291 casos), Moçambique (99 mortos e 13.577 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.092 casos), Guiné-Bissau (42 mortos e 2.414 casos) e São Tomé e Príncipe (16 mortos e 960 casos)
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,6 milhões de casos e 162.269 óbitos), depois dos Estados Unidos.
LUSA/HN
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