Em declarações feitas ao canal de televisão RTVE, Salvador Illa afirmou estar confiante de que uma parte “relevante” da população espanhola estará vacinada em maio de 2021 e que ainda esta semana poderão ser assinados mais alguns contratos com a empresa farmacêutica Pfizer e outras empresas para que as primeiras doses cheguem no início de 2021.
Se “tudo correr bem”, avançou o ministro, as primeiras poderiam mesmo chegar até ao final de 2020.
A aguardar pela assinatura desses contratos, o Governo espanhol estima que 20 milhões de doses vão estar disponíveis para imunizar 10 milhões de pessoas (uma vez que são necessárias duas doses) através do Sistema Nacional de Saúde.
“As vacinas serão gratuitas”, disse Salvador Illa, acrescentando que se trata de “um passo promissor e relevante”, tendo avisado que ainda há “um longo caminho a percorrer”.
O responsável pela saúde espanhola não excluiu a possibilidade de tornar a vacinação obrigatória, embora não acredite que seja necessária e que “as pessoas compreendam que é a melhor forma de pôr fim às doenças infecciosas”.
“Depois de meses de dificuldades, estamos a começar a ver luz ao fundo do túnel”, resumiu o ministro espanhol.
A farmacêutica norte-americana Pfizer revelou na segunda-feira que dados provisórios sobre a vacina contra o novo coronavírus indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos.
A Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia de Covid-19, que já provocou mais de 1,25 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.959 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (49.238 mortos, mais de 1,2 milhões de casos), seguindo-se Itália (41.750 mortos, mais de 960 mil casos), França (40.987 mortos, mais de 1,8 milhões de casos) e Espanha (39.345 mortos, mais de 1,3 milhões de casos).
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.959 pessoas dos 183.420 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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