A diabetes precisa de ser controlada para evitar diversas complicações, entre elas, complicações cardiovasculares e a doença renal. De acordo com os especialistas, o risco de desenvolver complicações cardiovasculares é duas vezes superior na pessoa com diabetes tipo 2 em comparação com a população não diabética. No entanto, apesar da doença renal estar menos associada como uma complicação da diabetes, estima-se que possa afetar 30% a 40% dos doentes.
A nefrologista, Rita Birne, explica que para evitar ou minimizar o aparecimento dos problemas renais, as pessoas com diabetes devem “controlar a glicemia da forma mais adequada, o que exige, para além de medicamentos ou insulina, a redução do excesso de peso, disciplina alimentar e realização de exercício físico regular”, além de “controlar de forma rigorosa a hipertensão e parar de fumar”. No caso em que as duas doenças já estão presentes, “o melhor controlo da diabetes irá minimizar as lesões que a glicemia em excesso no sangue, produz em vários órgãos, nomeadamente no rim”.
Relativamente às complicações cardiovasculares, a cardiologista, Sara Gonçalves, revela que apensar dos doentes e a população estarem “cientes do risco aumentado de doença coronária/enfarte agudo do miocárdio, do risco de algumas complicações microvasculares, nomeadamente retinopatia e nefropatia diabética (problemas oculares e renais)”, a associação entre a diabetes e a Insuficiência Cardíaca “é ainda desconhecida da maior parte das pessoas com diabetes e raramente identificada como uma potencial complicação”.
“Mesmo dentro da comunidade médica, é uma complicação para a qual nem todos os colegas e especialidades estão alertas e que nem sempre é abordada nas consultas de diabetes”, acrescenta a especialista.
O Dia Mundial da Diabetes assinala-se no próximo sábado dia 14 de novembro.
PR/HN
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