“O CHUSJ é o centro de referência em ECMO em Portugal com maior casuística no contexto da Península Ibérica, com uma média de 100 doentes admitidos em ECMO por ano. Temos atualmente 17 doentes em ECMO, 11 dos quais covid-19. Temos, neste momento, uma vaga disponível”, explica o CHUSJ, em resposta enviada à agência Lusa.
Devido ao facto de funcionarem em rede, o Hospital São José, em Lisboa, anunciou no sábado que recebeu quatro doentes com a covid-19 da região Norte do país que necessitavam de ECMO, devido ao facto de o CHUSJ ter estes equipamentos quase todos ocupados.
“O Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) [onde está integrado o Hospital São José], está a fazer resgates de ECMO (cuidados intensivos) de doentes covid-19 da região Norte”, referia esta entidade hospitalar, numa nota enviada à Lusa.
Na sexta-feira, o CHLC recebeu doentes dos hospitais de Penafiel, do Pedro Hispano, em Matosinhos, e de Bragança e, no sábado, recebeu um doente do Hospital de Guimarães.
“Esperamos que o confinamento reduza nos próximos dias a pressão sobre o SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, sublinhava o CHLC, adiantando a que “a gestão dos doentes funciona em pleno entre as unidades”.
O Centro Hospitalar e Universitário de S. João, no Porto, os hospitais de Santa Maria e de S. José são centros de referência para ECMO.
Portugal contabiliza pelo menos 3.305 mortos associados à covid-19 em 211.266 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira
LUSA/HN
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