Numa mensagem de vídeo divulgada hoje na rede social Twitter, a partir do seu apartamento em Downing Street em Londres, Johnson disse que estava a sentir-se “muito bem”.
O primeiro-ministro sublinhou que é preciso seguir as recomendações das autoridades de saúde e cumprir o isolamento profilático, mesmo já tendo estado doente com Covid-19 e estando “cheio de anticorpos”.
“Precisamos de impedir a propagação da doença e uma das maneiras de fazer isso é ficar em quarentena por 14 dias quando contactados pelo sistema de deteção e rastreamento de casos”, explicou Johnson no Twitter.
O líder conservador britânico foi contactado pelo serviço de deteção e rastreamento de casos de SARS-CoV-2 da saúde pública britânica e o organismo pediu-lhe para permanecer isolado depois de ter entrado em contacto com alguém que testou positivo para o vírus, disse um porta-voz de Downing Street, sede do executivo britânico, na noite de domingo.
Boris Jonhson confirmou na noite de domingo, na rede social Twitter, que tinha sido notificado pelos serviços de saúde, não tinha sintomas e que iria seguir os protocolos de quarentena.
Johnson encontrou-se com um pequeno grupo de parlamentares na manhã de quinta-feira em Downing Street, incluindo Lee Anderson, que mais tarde desenvolveu os sintomas e testou positivo.
A exigência de quarentena vem no início de uma semana crucial para o Governo conservador de Johnson, que inclui discussões sobre um acordo comercial pós-Brexit com a União Europeia.
Os negociadores reúnem-se em Bruxelas esta semana, mas o tempo para um acordo negociado está a esgotar-se.
“Tenho a certeza de que se o primeiro-ministro precisar de falar com alguém na Europa, pode fazê-lo via Zoom”, disse hoje o ministro da Saúde, Matt Hancock, à SkyNews, garantindo que Boris Johnson está “em grande forma”.
Sobre a posição britânica nas negociações pós-Brexit, Hancock disse que o Governo britânico está a preparar-se para “todos os cenários”.
“Claro que a nossa preferência é conseguir um acordo e que seja aberto aos europeus, se quiserem fazer os progressos necessários”, declarou Hancock.
Com quase 52 mil mortes de pessoas com teste positivo para a Covid-19, o Reino Unido é o país mais afetado pela pandemia na Europa.
A Inglaterra vive atualmente seu segundo confinamento, previsto para terminar em 02 de dezembro, após quatro semanas.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.313.471 mortos resultantes de mais de 54 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.381 pessoas dos 217.301 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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