“O governo aceitou hoje a recomendação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) para aprovar o uso da vacina Covid-19 da Pfizer/BioNTech”, disse um porta-voz do executivo.
A Pfizer e a BioNTech anunciaram que tiveram hoje permissão para o uso de emergência da sua vacina contra a covid-19 no Reino Unido, um grande passo para acabar com a pandemia, segundo a agência de notícias Associated Press.
O porta-voz do Governo britânico adiantou que “a vacina estará disponível em todo o Reino Unido a partir da próxima semana”.
A medida torna o Reino Unido um dos primeiros países a começar a vacinar a população.
“O Reino Unido é o primeiro país do mundo a ter uma vacina clinicamente aprovada”, disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, na rede social Twitter.
A luz verde das autoridades do Reino Unido “segue-se a meses de testes clínicos rigorosos e extensa análise de dados por especialistas da MHRA que concluíram que a vacina atendeu aos padrões estritos de segurança, qualidade e eficácia”, disse o porta-voz do ministério da Saúde britânico.
Os resultados dos testes em grande escala desta vacina mostraram 95% de eficácia.
O país “está pronto para começar a vacinação no início da próxima semana”, disse Hancock.
As pessoas prioritárias para receber a vacina incluem profissionais de saúde, residentes de lares de idosos, cuidadores, idosos e os mais vulneráveis.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou na terça-feira que realizará uma reunião extraordinária no dia 29 de dezembro “o mais tardar” para dar, ou não, luz verde à comercialização da vacina contra o Covid-19 da Pfizer e BioNTech.
Os EUA e a União Europeia também estão a analisar a vacina da Pfizer e uma vacina semelhante feita pela concorrente Moderna Inc.
A Pfizer disse que começaria imediatamente a enviar a vacina com stock limitado para o Reino Unido, mas as doses são escassas e inicialmente serão racionadas até que mais vacinas sejam fabricadas nos primeiros meses do próximo ano.
O CEO da Pfizer, Albert Bourla, considerou a decisão do Reino Unido um “momento histórico”.
“Estamos a concentrar-nos em agir com o mesmo nível de urgência para fornecer com segurança uma vacina de alta qualidade em todo o mundo”, disse Bourla em comunicado.
Embora o Reino Unido tenha encomendado vacina Pfizer suficiente para 20 milhões de pessoas, não está claro quantas vão chegar até o final do ano. São necessárias duas doses com intervalo de três semanas para proteção.
O Governo britânico já disse que os primeiros a receber a vacina serão os profissionais de saúde e residentes de lares de primeira linha, seguidos por adultos mais velhos.
Os reguladores britânicos também estão a considerar outra vacina feita pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, mas o primeiro-ministro, Boris Johnson, já alertou que primeiro o país deve “navegar por um inverno rigoroso” de restrições para tentar conter o vírus até que haja vacina suficiente para todos.
Em 09 de novembro, a multinacional farmacêutica norte-americana Pfizer e a parceira biotecnológica alemã BioNTech anunciaram que a sua vacina experimental para a Covid-19 tinha 90% de eficácia, partindo da análise de 94 casos de Covid-19.
Mais recentemente, a empresa de biotecnologia norte-americana Moderna indicou que a sua vacina candidata é 94,5% eficaz na prevenção da Covid-19, tendo em conta a análise de 95 casos.
A Rússia também anunciou que a sua vacina Sputnik V contra a Covid-19, desenvolvida pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em Moscovo, tem uma eficácia de 95%, segundo resultados preliminares.
O primeiro lote de Sputnik V para o mercado externo chegará às pessoas em janeiro de 2021 com base nos acordos já firmados com parceiros estrangeiros.
O laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram também que a sua vacina tem uma taxa média de eficácia de 70%.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.468.873 mortos resultantes de mais de 63,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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