O documento foi enviado na quarta-feira por um grupo de profissionais que tem acompanhado pessoas com trissomia 21, disse hoje à agência Lusa uma fonte ligada a este processo.
“De acordo com o mais recente estudo internacional, a taxa de letalidade entre os sujeitos com trissomia 21 hospitalizados com idades superiores a 40 anos foi de 45%”, de acordo com a mesma fonte.
A petição visa a inclusão dos cidadãos com trissomia 21, com mais de 30 anos, na primeira fase da vacinação antiSARS-Cov-2.
No documento, a que a agência Lusa teve acesso, os peticionários alegam que as pessoas com trissomia 21 têm “uma prevalência muito aumentada de défices da imunidade”.
Por outro lado, “experimentam um processo de envelhecimento precoce, expresso, não raramente, sobretudo a partir dos 35 anos de idade, por manifestações clínicas comparáveis com a doença de Alzheimer.
“Exibem também, amiúde, comportamentos de risco, motivados pelo défice cognitivo, expressos por uma menor capacidade de adoção de medidas de proteção”, como o afastamento físico adequado do interlocutor, a utilização adequada de máscaras faciais ou a lavagem eficaz e regular das mãos, segundo a fundamentação que acompanha o pedido ao chefe do governo.
De acordo com os médicos, as situações de isolamento podem ter consequências emocionais devastadoras nestas pessoas.
Os clínicos estimam em cerca de duas mil pessoas a população portuguesa com trissomia 21, acima dos 40 anos.
LUSA/HN
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