Rússia com 611 mortes e mais de 28 mil infetados em 24 horas

18 de Dezembro 2020

A Rússia registou 611 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o número de vítimas mortais causadas pelo novo coronavírus para 49.762, informaram esta sexta-feira as autoridades de saúde do país.

Dados oficiais indicam que, no último dia, foram detetados 28.552 novos casos de Covid-19, o que aumentou para 2.791.220 os infetados confirmados na Rússia desde o início da pandemia.

Em Moscovo, o principal foco de infeção do país, foram contabilizados 6.937 novos casos e 72 mortes provocadas pelo vírus Sars-CoV-2, que provoca a doença da Covid-19.

O número de mortes diárias na capital russa, que acumula um quinto (20,5%) do total de mortes por Covid-19 em todo o país, permanece estável há várias semanas, rondando 70 a 77 pessoas por dia.

O presidente da câmara de Moscovo, Sergei Sobianin, alertou hoje que a cidade só poderá retornar a uma vida sem restrições após a vacinação em massa da população.

A campanha de vacinação na capital começou no último dia 05, embora, por enquanto, estejam a ser apenas vacinados grupos de risco: funcionários do setor da saúde, professores e assistentes sociais, além de funcionários de secretarias municipais de atenção ao público e do setor cultural, comércio e serviços.

A partir de segunda-feira, trabalhadores da indústria, dos transportes e da imprensa poderão ser vacinados, anunciou na quinta-feira Sobianin, acrescentando que cerca de 15 mil moscovitas já foram vacinados com a vacina russa Sputnik V.

Até meados de janeiro, manter-se-ão, no entanto, restrições em Moscovo, como o confinamento de pessoas com mais de 65 anos e o teletrabalho para 30% dos empregados.

Além disso, Sobianin decretou o encerramento de espaços de lazer para crianças, a obrigação de ter aulas à distância para estudantes universitários e o encerramento de restaurantes, cafés, bares e discotecas entre as 23:00 e as 06:00.

Teatros, cinemas e salas de concertos podem vender apenas 25% da capacidade das suas instalações, e a presença de espetadores em eventos desportivos fica sujeita a uma autorização, caso a caso, das autoridades da capital.

Por enquanto, as autoridades de Moscovo descartam a imposição de restrições mais severas.

“Não acredito que até às festas de Ano Novo haja riscos suficientes para decretar encerramentos e confinamentos generalizados. A situação é analisada diariamente e veremos como se desenvolve”, disse hoje o chefe do Departamento de Comércio e Serviços da Câmara Municipal, Alexei Nemeriuk.

A Rússia é o quarto país do mundo com maior número de infeções, atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.649.927 mortos resultantes de mais de 74,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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