“Foi um esforço significativo, mas que ainda não está concluído e vai permanecer no primeiro semestre de 2021, com a conclusão do que é o nosso planeamento”, disse Marta Temido à margem da inauguração da nova Unidade de Cuidados Intensivos nível II do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), na Amadora, em Lisboa.
A ministra referiu que, num total de 35 hospitais com serviço de Medicina Intensiva, serão feitas 24 intervenções em instalações, e reconheceu que está por fazer o “mais difícil”: o reforço dos recursos humanos.
“Falta agora o que sabemos ser mais difícil, mas também aí temos feito caminho. Por força de um regime excecional de contratação, foram celebrados contratos por tempo indeterminado com 280 profissionais. É uma arquitetura sofisticada, não tão simples como uma aquisição ou intervir em infraestruturas, mas é um processo que exige uma aposta persistente”, sublinhou a titular da pasta da Saúde.
Marta Temido elogiou ainda o papel dos profissionais de saúde e disse contar com o seu empenho para os desafios que o novo ano apresenta.
“O Serviço Nacional de Saúde [SNS] é um processo e uma aposta contínua, que tem na sua base os seus profissionais, que são o melhor garante da saúde dos portugueses. Estamos longe de ultrapassar este enorme desafio [covid-19] com que fomos confrontados, apesar da esperança trazida pela vacina, e temos a firme convicção de que seremos capazes de enfrentar as adversidades com o apoio e trabalho dos profissionais de saúde”, concluiu Marta Temido.
Na primeira aparição pública depois de cumprir 14 dias de isolamento profilático, o primeiro-ministro, António Costa, realçou também o investimento que está a ser realizado na saúde por parte do executivo que lidera e assegurou que é um processo que vai continuar.
“Vai prosseguir este investimento que estamos a fazer no reforço da capacidade hospitalar, nomeadamente em Cuidados Intensivos, que era uma necessidade do país, independentemente da covid-19. Quando a pandemia começou, éramos o país com menor número de camas em Cuidados Intensivos por 100 mil habitantes e, por isso, definimos como prioridade do reforço no investimento no SNS podermos em 2021 atingir a média da UE”, assumiu António Costa.
O líder do executivo realçou que os equipamentos que estão a ser adquiridos “continuarão a ser necessários quando a pandemia passar”, sublinhando que “a pandemia tornou esta aposta mais urgente e inadiável”, mas que era algo já identificado como “necessário”.
“Esta política continuará a ser uma prioridade do nosso país. Será assim no Orçamento do Estado e no programa de recuperação da União Europeia, onde o reforço do SNS é a primeira prioridade no combate à vulnerabilidade dos serviços sociais”, terminou António Costa.
LUSA/HN
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