Os Serviços de Turismo de Macau indicaram, em comunicado, ter recebido uma “notificação da entidade organizadora do lado de Xangai de que a realização da promoção Semana de Macau” foi adiada “por motivos de prevenção da pandemia”.
O Centro de Controlo e Prevenção das Doenças chinês anunciou ter encontrado a nova variante de Covid-19 detetada no Reino Unido numa estudante de 23 anos que regressou a Xangai (leste), em 14 de dezembro, proveniente da Grã-Bretanha.
A nova estirpe do novo coronavírus foi encontrada em 24 de dezembro, em amostras de testes. No mesmo dia, Pequim anunciou a suspensão dos voos do Reino Unido.
Este é o primeiro caso da nova variante a ser detetada na China e “coloca uma grave ameaça à prevenção e ao controlo da Covid-19” no país, de acordo com o mesmo comunicado.
Assim, foram tomadas várias medidas de controlo, incluindo o isolamento da doente.
A nova estirpe do SARS-CoV-2 detetada no Reino Unido é 50 a 74% mais contagiosa do que as restantes existentes, de acordo com peritos.
Meia centena de Estados suspenderam nas últimas semanas as chegadas de viajantes provenientes do Reino Unido, na sequência da deteção da nova variante de Covid-19.
A variante britânica já foi detetada em vários países como Canadá, Estados Unidos, Portugal, França, Jordânia, Coreia do Sul e Chile.
O objetivo da semana de Macau em Xangai era promover a região como “destino saudável e seguro” de Covid-19, “atraindo os visitantes do Interior da China a Macau durante os feriados e festividades”, indicaram as autoridades da região, onde não é detetado nenhum caso desde 26 de junho. Atualmente, não há casos ativos no território.
Em setembro, depois da retomada da emissão de vistos individuais e de grupo da China para Macau, a capital mundial do jogo tinha organizado uma semana de atividades de promoção em Pequim.
A China, onde o novo coronavírus surgiu há um ano, conseguiu praticamente erradicar a doença. No final de março, o país fechou as fronteiras à maioria dos visitantes estrangeiros e reduziu drasticamente as ligações aéreas com o resto do mundo.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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