“Como na natureza, também na Humanidade, a anos menos bons seguem-se outros melhores e mais abundantes. Mas para isso, não nos iludamos, necessitamos de lançar as sementes, cuidar dos rebentos e acompanhar o crescimento e a floração para depois podermos colher os frutos. Deverá ser um esforço conjunto de toda a sociedade, governantes e governados, que, iluminados pelos avanços da ciência, neles deverão alicerçar novos e mais promissores caminhos”, adiantou.
Segundo Pedro Catarino, apesar de haver “esperança” de que as vacinas “possam neutralizar os efeitos perversos do vírus” e permitir que a normalidade seja retomada, a população terá de, “corajosamente, manter ainda durante algum tempo todos os cuidados até que as nuvens negras passem e o sol brilhe de novo”.
“É tempo de darmos as mãos e proclamarmos que somos todos membros da mesma comunidade, que nos devemos respeitar uns aos outros, entreajudarmo-nos e trabalharmos com ânimo e afinco redobrados, para a construção de um mundo em que todos – mas todos – possamos viver felizes. O futuro está também nas nossas mãos e no nosso esforço”, apelou.
O representante da República para os Açores sublinhou que 2020 ficou marcado por “um mal” que se abateu sobre o mundo “impiedosamente”, “não poupando nenhum país nem nenhuma região”.
“Muitos perderam a vida. Todos tivemos de lutar enfrentando uma gravíssima crise social e económica e tentando preservar a nossa saúde e a saúde dos nossos próximos bem como da comunidade em geral”, apontou.
A humanidade “viu-se confrontada com a necessidade de solidariedade e da conjugação de esforços de todos”, segundo Pedro Catarino, que destacou a atitude dos açorianos.
“Só posso louvar a atitude e espírito cívico que os açorianos têm revelado face à pandemia”, reforçou.
Para o representante da República para os Açores, esta experiência “difícil e dolorosa” foi também “uma lição e um apelo ao que temos de mais virtuoso em cada um de nós”.
“A entreajuda, a proteção redobrada aos mais vulneráveis, a dedicação dos profissionais de saúde, o trabalho das forças de segurança e de tantos outros, foram essenciais para que o poder destrutivo do vírus não tivesse efeitos avassaladores, desintegrando a estrutura das nossas sociedades e fazendo colapsar os serviços de saúde com seríssimas consequências”, salientou.
LUSA/HN
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