O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, durante uma reunião do comité executivo do partido no poder, depois de na véspera o governante ter anunciado planos para declarar nova emergência sanitária, para combater a terceira vaga de infeções no país.
“A nossa prioridade é dar uma resposta forte ao coronavírus”, disse Suga, durante a reunião, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo.
O primeiro-ministro japonês acrescentou que vai tomar a decisão sobre o estado de emergência na quinta-feira, após ouvir o parecer do painel consultivo de peritos de saúde do Governo, que estabelecerá “a direção” das novas medidas extraordinárias.
O estado de emergência seria inicialmente declarado em Tóquio, que hoje atingiu o segundo maior número diário de casos, após um recorde na semana passada, seguindo-se as prefeituras vizinhas de Chiba, Saitama e Kanagawa, podendo durar um mês.
O primeiro-ministro japonês disse que a medida, que não inclui confinamento, seria tomada de “forma limitada”, centrando-se na redução dos horários de funcionamento de bares e restaurantes, considerados pelas autoridades como o principal foco da terceira vaga da pandemia.
O governo nipónico declarou o estado de emergência entre abril e maio do ano passado, durante a primeira vaga de Covid-19, uma medida que afetou estabelecimentos comerciais, escolas e instalações públicas, causando um forte impacto económico.
Desde novembro, as autoridades sanitárias estão a registar um aumento dos contágios, que ultrapassaram pela primeira vez na quinta-feira a barreira dos quatro mil novos casos em 24 horas.
Desde o início da pandemia, o Japão registou 248.500 casos e 3.680 mortes causadas pela Covid-19.
Além da declaração de estado de emergência, o executivo japonês planeia reforçar as restrições fronteiriças instauradas desde finais de dezembro, após a deteção de novas estirpes de Covid-19 no Reino Unido e na África do Sul.
O Japão proibiu a entrada de todos os visitantes estrangeiros até final de janeiro e cancelou a concessão de novos vistos para o país, com exceção de vistos de negócios de curta duração para uma dúzia de países asiáticos.
Com as novas restrições, estas autorizações de entrada deverão igualmente ser abolidas, de acordo com jornais locais.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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