A dotação orçamental extraordinária foi decidida numa altura em que o futuro do Governo do primeiro-ministro, Giuseppe Conte, é incerto, já que Matteo Renzi decidiu na quarta-feira retirar o seu partido, o Itália Viva, da coligação governamental.
No entanto, esta dotação implica alterações orçamentais que deverão ser aprovadas pelos deputados e senadores.
Com esta dotação, o Governo pretende adotar medidas destinadas a “apoiar ainda mais os operadores económicos, os setores produtivos e os cidadãos mais afetados pelos efeitos da pandemia da Covid-19”, afirmou, em comunicado.
O valor reforça os mais de 100 mil milhões de euros já mobilizados no ano passado pela Itália para reanimar setores económicos paralisados durante os períodos de confinamento, como os restaurantes e os estabelecimentos de turismo, e para compensar parte dos desempregados.
Este novo fundo tem como objetivo “proteger a força de trabalho” e apoiar “o setor da saúde e as empresas para acelerar e fortalecer a recuperação da atividade económica”, disse o Governo em comunicado.
O impacto da pandemia na economia italiana, a terceira maior da zona do euro, é dos mais severos da Europa. No ano passado, a Itália sofreu a pior recessão da sua história desde a Segunda Guerra Mundial, com uma queda estimada de 9% do PIB.
Com 208,6 mil milhões de euros atribuídos em subvenções e empréstimos, Roma vai receber de Bruxelas a maior parte do plano de estímulo e recuperação de 750 mil milhões de euros adotado no verão de 2020 pelos líderes europeus.
A Itália adotou na noite de terça a versão nacional do plano de estímulos, no valor de 222,9 mil milhões (valor que inclui fundos europeus ainda não gastos), devendo o projeto ser apresentado até 30 de abril em Bruxelas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
0 Comments