Numa atualização informativa semanal, a OMS diz que os adolescentes entre os 16 e os 18 anos transmitem o vírus “tão frequentemente quanto os adultos e mais prontamente do que crianças mais novas” e acrescenta ainda que foram relatados mais surtos nas escolas secundárias do que nas primárias.
“Em particular, os adolescentes mais velhos devem ser lembrados para limitarem o risco de exposição fora dos ambientes escolares, evitando situações de alto risco, incluindo espaços lotados, de contacto próximo e mal ventilados”, refere.
O OMS cita estudos que sugerem que as crianças menores de 10 anos são menos suscetíveis e infeciosas do que as mais velhas e aponta uma investigação na Noruega, entre agosto e novembro de 2020, que encontrou “transmissão muito baixa de criança para criança e de criança para adulto em escolas primárias (crianças de 5 a 13 anos) que tinham medidas de prevenção e controle de infeção em vigor”.
“Estudos de carga viral sugerem que as crianças com sintomas carregam tantos vírus no nariz, boca e garganta quanto os adultos, mas por períodos mais curtos, com pico de carga viral respiratória logo após o início dos sintomas, seguido por um rápido declínio”, explica.
Nas escolas, a OMS aponta os dados recolhidos no Reino Unido relativos à Grã-Bretanha e Irlanda do Norte que sugerem que a transmissão do novo coronavírus entre o pessoal operacional era mais comum, entre funcionários e alunos menos comum e de aluno para aluno era ainda menos frequente.
No entanto, sublinha que há “poucas evidências” de que os funcionários das escolas corram um risco maior de infeção quando estão no ambiente escolar do que a restante população adulta.
“Na verdade, os dados de vigilância nacional do Reino Unido indicam que os funcionários das escolas correm menor risco de infeção em ambientes escolares, quando comparados à população adulta em geral”, refere a OMS.
A organização cita ainda um outro estudo, abrangendo 57 mil cuidadores em creches nos Estados Unidos da América, que concluiu que “não havia risco aumentado de infeção” para os funcionários.
Reconhece que as evidências sobre o efeito do encerramento de escolas para reduzir a transmissão do vírus na comunidade são inconclusivas e diz que o aparecimento de novas variantes mais transmissíveis do novo coronavírus precisa de uma análise adicional, por sexo e idade, para se medir como estas novas estirpes afetam as crianças.
Contudo, refere que, se se provar que as crianças são mais afetadas, “as medidas de saúde pública podem precisar de ser adaptadas”.
LUSA/HN
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