“É necessário um grande aumento na escala de produção das vacinas, por isso, apelamos às companhias para a partilha de conhecimento e a partilha de dados sobre as vacinas, de forma a aumentar a capacidade de produção”, lançou Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa virtual da OMS.
O responsável apontou para a falta de vacinas em vários países, sobretudo, asiáticos, africanos e sul-americanos, realçando que este problema só pode ser ultrapassado com um crescimento significativo da capacidade produtiva, daí a necessidade de uma maior cooperação entre as farmacêuticas, até para reduzir os custos de produção.
“Aplaudimos os fabricantes que vendem as vacinas ao preço de custo, mas podem fazer mais, com maior partilha”, reforçou o líder da OMS.
Paralelamente, Tedros Adhanom Ghebreyesus salientou a importância de vacinar prioritariamente os grupos populacionais mais idosos, bem como os profissionais de saúde que se encontram na linha da frente do combate à covid-19, para vencer a pandemia.
No encontro, vários especialistas da OMS vincaram a necessidade de se manterem em vigor as medidas de confinamento, aplicadas em inúmeros países, já que as mesmas são fundamentais para controlar o novo coronavírus, aconselhando os países que já estão com os números de contágios a baixar a reduzirem com a máxima precaução as restrições em vigor.
Questionado se a tendência de diminuição no número de casos a nível mundial na última semana pode significar que a pior fase da pandemia já passou, Michael Ryan, diretor executivo da OMS, foi cauteloso.
“Estamos a dar a curva? Não sabemos o que vem depois da curva. Sabemos que o vírus não se vai embora sozinho, nós é que temos de o mandar embora”, afirmou o perito.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 13.740 pessoas dos 755.774 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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